terça-feira, março 10, 2009

Mulheres suicidas

A questão central quando se discute o suicídio ( ou o direito à eutanásia) é o de saber se podemos livremente dispor da nossa vida e da nossa morte, se termos o direito de fazer escolhas relativamente ao nosso fim.
È curioso que alguns fundamentalistas religiosos que abominam o suicídio de uma forma abstracta, são os mesmos que admitem e incentivam o suicídio concreto de pessoas, desde que seja um suicídio altruísta na terminologia de Durkheim.
Aliás os suicídios de motivação religiosa, o suicídio dos mártires, assim como algumas formas de suicídio de algumas mulheres santificadas pela ICAR, têm a mesma fundamentação ontológica que o suicídio dos Kamikaze japoneses ou dos bombistas muçulmanos – a crença de que a vida individual tem pouco valor face a valores comunitários.

A crença de que todos podemos dispor livremente da nossa vida e , no caso das mulheres, do nosso corpo e do nosso útero.

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