Há que dizer uma coisa com clareza a acertas pessoas que cultivam o misticismo doentio – o sofrimento, a dor física ou psicológica, o medo e mesmo a morte não devem ser aceites passivamente. Não é essa a vontade de Deus.
A vontade de Deus não pode ser o pretexto para viver na passividade, no medo, na agonia, na escolha da autodestruição, na autoflagelação seja física ou psicológica ou no extase masoquista.
A ideia de um deus sádico e sacrificial que retira benefícios da dor humana é uma ideia pagã e uma caricatura do cristianismo. Um pietismo fútil e narcisista que se alimenta da autocastração consciente, resulta na esterilidade e no vazio. A ideia de uma espiritualidade anestesiante de aceitação passiva do mal e do sofrimento, não passa da velha caricatura da religião como o ópio do povo.
A vontade de Deus não é aceitarmos passivamente o sofrimento, como uns animais, a vontade de Deus é tudo fazer para reduzir a dor humana, para acabar com as doenças, para aumentar a longevidade, para promover a esperança, para desenvolver uma sociedade mais justa, para sermos felizes e inteiros.
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