"O pai da menina falou: "Desde o começo eu disse que não aceito o aborto", disse um pobre bispo estéril para defender a indefensável posição oficial da Igreja sobre o tema.
O pai da menina era também o pai dos fetos e, por isso, teria um especial direito de se pronunciar sobre a res. Sim, para o bispo brasileiro a menina é uma coisa ou um animal, de que o proprietário, o pater familias, pode pôr e dispòr.
Ou seja, o incestuoso pai, depois de anos de abusos sexuais e violações, queria forçar uma menina de nove anos a viver durante mais nove meses mais uma violação permanente: gravidez não desejada e um parto horrível. Mesmo sabendo que essa gravidez poderia conduzir a menina à morte ou a uma mutilação permanente.
O Bispo referiu o excelente exemplo católico: este pai extremoso que não merece a excomunhão, apesar do incesto, da pedofilia, da violação de uma criança e de um total desprezo pela vida dessa criança.
Alguns indivíduos mentalmente perturbados dizem que esta é a lei da Igreja.
Mas em verdade vos digo - esta não é a lei de Deus. E nenhum verdadeiro católico, com uma consciência bem formada pode deixar de admitir o aborto terapêutico nestas circuntâncias.
Sem comentários:
Enviar um comentário