Num primeiro momento algumas mulheres asseguraram o ensino primário regulado. A razão aduzida para obtê-lo foi conforme ao cânon doméstico: para cumprir adequadamente as funções de esposa e mãe, os conhecimentos de ler, escrever e contar pareciam necessários. Tal petição, tão conforme à submissão doméstica, não podia ser rejeitada, de maneira que, ao abrigo desta feminina disposição, foram criadas escolas primárias para as meninas. Um pouco mais tarde, alguns grupos de mulheres exigiram a sua entrada nos tramos médios do ensino. A razão aduzida também se protegeu com o respeito pelo modelo vigente: podia dar-se o caso de que algumas mulheres, conhecendo que sem dúvida o seu destino era o matrimónio e a maternidade, por circunstâncias adversas de fortuna não pudessem cumpri-lo.
Para garantir a sua virtude e a boa ordem, apresentou-se o pedido de escolas de preceptoras em primeiro lugar e de enfermeiras depois, e de novo teve que ser aceite. Foram as primeiras que se abriram e permitiram uma existência relativamente livre às mulheres das classes médias.
terça-feira, janeiro 06, 2009
A educação das mulheres
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