Havia uma mulher que gritava toda a noite. Os gritos ecoavam no pátio e faziam ricochete no silêncio aflito dos corredores, era um uivo de animal ferido, sem espaços de soluços, sem explicação fisiológica, urros apenas, até a medicação fazer efeito.
Depois, em algumas noites beatíficas, os urros davem lugar a sorrisos orgásticos.
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