quinta-feira, fevereiro 12, 2009

A morte de Eluana e a distanásia














Na Foto - Doente alimentado por gastrostomia.
Dizer que isto é uma forma não extraordinária de manutenção da vida vegetativa ou uma forma "natural " de alimentação, é uma mentira.

A morte de Eluana não foi um homicídio, não foi um acto de Eutanásia- do grego ευθανασία - ευ "bom", θάνατος "morte", ou seja, a prática pela qual se abrevia directamente a vida de um enfermo incurável de maneira controlada , por um especialista;nem sequer foi um suicídio assistido.
A morte de Eluana resultou do fim de 14 anos de obstinação e encarniçamento terapêutico face a uma doente com lesões irreversíveis, sem quaisquer hipóteses de cura ou reabilitação, numa estado de degradação física e em situação de estado vegetativo permanente.
A suspensão de tratamentos médicos excessivos ou de meios de suporte vital nestas circunstâncias é perfeitamente defensável de acordo com as regras da Bioética e mesmo da deontologia médica.
Trata-se afinal de uma forma de distanásia, que consiste em atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios para manter o doente vivo, ainda que não haja esperança alguma de cura e ainda que isso signifique infligir ao doente sofrimentos adicionais.
Outro elemento importante é a comum decisão da equipa médica e da família face áà situação concreta, no sentido de suspender os meios de suspensão artificial da vida.
Por tudo isto, a reacção histriónica do vaticano e de certas vozes ditas católicas, são, mais uma vez, profundamente infelizes e muito pouco cristãs.

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