quarta-feira, dezembro 31, 2008

Vera Tradição

"A mulher está em sujeição por causa das leis da natureza, mas é uma escrava somente pelas leis da circunstância...A mulher está submetida ao homem pela fraqueza de seu espírito e de seu corpo...é um ser incompleto, um tipo de homem imperfeito [...] A mulher é defeituosa e bastarda, pois o princípio ativo da semente masculina tende à produção de homens gerados à sua perfeita semelhança. A geração de uma mulher resulta de defeitos no princípio ativo" ( Tomás de Aquino, Summa Theologica, Q92, art. 1, Reply Obj.

S.Agostinho sobre a poligamia: "Ora, uma serva ou uma escrava nunca tem muitos senhores, mas um senhor tem muitas escravas. Assim, nunca ouvimos dizer que mulheres santas tivessem servido a vários maridos e sim que muitas serviram a um só marido ... Isso não é contraditório à natureza do casamento' (De bono conjugali 17, 20)"

" As Mulheres não deveriam ser educadas ou ensinadas de nenhum modo. Deveriam, na verdade, ser segregadas, já que são causa de horrendas e involuntárias ereções em santos homens" (Santo Agostinho)

"Como uma mulher há de se reconhecer em Maria quando a ladainha de Nossa Senhora louva Maria como mater inviolata? Isso torna todas as outras mães matres violatae, mulheres que foram violadas, mal tratadas, conspurcadas, injuriadas, envergonhadas e profanadas - pela maternidade." (Uta Ranke-Heinemann)

"É Eva, a tentadora, que devemos ver em toda mulher...Não consigo ver que utilidade a mulher tem para o homem, tirando a função de ter filhos" (Santo Agostinho de Hipona, pai da Igreja)

3 comentários:

Alef disse...

A Internet tem a vantagem da democratização da informação, mas com a informação justa também se alastra o erro, que, de tão repetido, passa por verdade.

Estas citações já as vi várias vezes em sites ateus, afilhados e outros que (des)afinam pelo mesmo diapasão... Têm um «pequeno» problema: estão falsificadas (caso da primeira, com acrescentos grosseiros, como o «bastarda») ou descontextualizadas (caso da segunda, alterando a intenção do texto; as reticências substituem uma expressão que dá um sentido muito diferente ao texto). As restantes não estão devidamente referenciadas. A terceira deveria ser facilmente localizável, mas não aparece em nenhum sítio das 135 obras de Santo Agostinho publicadas online... De resto, com excepção da segunda citação, todas aparecem incorrectamente referenciadas (uma arma pouco transparente, mas que «resolve» problemas). Quanto à quarta citação, está manifestamente mal «colocada», carta fora do baralho, quer no que diz respeito ao tipo de texto, quer na pessoa que o produziu. Enfim, uma salgalhada, para confundir. É muito fácil lançar a cizânia, muitas vezes sem identificar devidamente as fontes, atirando sobre os «acusados» o ónus da prova... Evidentemente, o leitor «médio» não se dá ao trabalho de confrontar estas citações, nem tem meios para isso.

Usar textos deturpados não é, certamente, um grande serviço à verdade.

Sugiro que se procurem os textos originais ou se confrontem as citações com fontes credíveis antes de cair nestas ciladas das citações fraudulentas.

Alef

BLUESMILE disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
BLUESMILE disse...

Amigo Alef:

Sim, é bem verdade que a net trouxe a democratização do acesso às fontes, nem sempe devidamente enquadradas e que o formato bloguístico nem sempre permite aprofundar certos temas mais complexos, nomeadamente o pensamento misógino dominante na doutrina tradicional da Igreja Católica, que infelizmente se arrasta até os dias de hoje (basta atentar no último discurso do B16 ou as normas doutrinárias vigentes sobre o corpo das mulheres e o controlo da natalidade)…

Ao reler as fontes que citaste verifiquei que em nada contradizem o significado do texto que postei.

Em boa verdade, não só essas citações são absolutamente verdadeiras como correspondem integralmente ao pensamento católico mais "clássico" e tradicional relativamente ao conceito de género e a uma delimitação cultural de papéis de género e sim, indubitavelmente, ao pensamento de SANTO Agostinho.

Poderás apenas dizer em defesa da IC que este pensamento misógino tradicional, tão radical quanto ridículo e desumano acompanhava os valores culturalmente dominantes da época.

Em boa verdade Santo Agostinho e outros que tais, na sua ideologia doutrinária de género, nada trouxeram de verdadeiramente novo, no sentido de uma maior humanidade – pelo contrário, limitaram-se a eproduzir e a reforçar o anátema, com a agravante de aparentemente o justificarem racionalmente (ou melhor, ideologicamente) como estando justificada por uma pretensa "ordem natural" fundada na vontade divina.

Mas agradeço-te os links para a bibliografia completa em francês de Sto Agostinho.

Será muito útil nos meus futuros posts contra os atrasados mentais dos RAD TRADS que andam um bocadito excitados com o que escrevo....

Beijos .