A sociedade que cerca esses personagens — o formalismo oficial (Acácio), a beatice parva de temperamento irritante (D. Felicidade), a literaturarinha acéfala (Ernestinho), o descontentamento azedo e o tédio da profissão (Juliana), e às vezes, quando calha, um pobre bom rapaz (Sebastião). Um grupo social, em Lisboa, compõe-se com pequenas modificações, destes elementos dominantes. Eu conheço uns vinte grupos assim formados. Uma sociedade sobre estas falsas bases não está na verdade: atacá-las é um dever (...) Merecem partilhar com o Padre Amaro da bengalada do homem de bem.
Eça de Queirós in Correspondência. Porto: Lello & Irmão Editores, 1946: 43
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