Quando um papa assume funções, directamente nomeado pelo Espírito Santo, segundo dizem, assume um cargo pesado. Mas não é apenas um cargo, a menos que acreditem que a Igreja é uma multinacional com um CEO de luxo escolhido entre os membros seniores do conselho de administração.
Se ser papa não é apenas um cargo mas uma missão, se a investidura papal tem uma sacralidade definitiva, como o matrimónio ou a maternidade/paternidade, então ser papa não é um cargo renunciável. Pela sua natureza é vitalício, independentemente das circunstâncias externas ou dos recursos pessoais dos seus protagonistas.
Eu não posso renunciara a ser mãe. Um pai não pode renunciar a ser pai.
Talvez o papado seja uma espécie de casamento -uma aliança sacramental - com a Igreja, com a comunidade.
Desistir do papado é uma espécie de divórcio consciente e assumido. Um papa divorciado é uma inovação extraordinária. neste sentido, talvez Pedro Arroja tenha razão quando afirma que Bento XVI foi um papa protestante, no sentido doutrinário do termo.
Pois, se até o papa se pode divorciar, não venham lançar o anátema sobre os leigos que fazem o mesmo e pelas mesmas razões: estão cansados, não aguentam mais.
Desistir do papado é uma espécie de divórcio consciente e assumido. Um papa divorciado é uma inovação extraordinária. neste sentido, talvez Pedro Arroja tenha razão quando afirma que Bento XVI foi um papa protestante, no sentido doutrinário do termo.
Pois, se até o papa se pode divorciar, não venham lançar o anátema sobre os leigos que fazem o mesmo e pelas mesmas razões: estão cansados, não aguentam mais.
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