Um dos argumentos um pouco idiotas de quem critica a utilização do preservativo baseia-se no pressuposto de que,em saúde, só os meios de prevenção 100% eficazes devem ser utilizados.
Logo, tendo o preservativo taxas de eficácia de 97% ou 98% em condições de utilização adequadas, nunca deve ser utilizado.
Este pressuposto ideológico explica em grande parte porque é que os adolescentes "seguidores " dos programas "só abstinência" nos EUA apresentam taxas mais elevadas de incidência de doenças sexualmente transmissíveis e estão mais expostos à infecção por HIV do que os adolescentes que têm acesso a outros programas de educaçãosexual.
Precisamente porque faz parte da componente ideológica desses programas religiosos a desvalorização da utilização do preservativo ou mesmo falsas informações sobre a sua eficácia.
Então o que sucede?
Mas, embora praticando sexo tendem a não utilizar o preservativo, porque acreditam que este não tem eficácia e portanto não vale a pena usá-lo.
Por isso estes programas caríssimos, depois de avaliada a sua baixa eficácia, estão a ser considerados um rotundo falhanço.
2 - Não existe nenhuma protecção 100% eficaz contra uma doença infecto-contagiosa, qualquer que seja essa doença. Mesmo as vacinas mais eficazes não têm taxas de eficácia de 100%.
Mas não é por isso que deixamos de vacinar as crianças, porque sabemos que as taxas de protecção são elevadíssimas e, em algums casos, esta forma de intervenção é a única prevenção eficaz.
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