A religião espectáculo sempre teve muitos adeptos.
Trata-se de viver a religião como um conjunto de rituais mais ou menos esotéricos que estimulam sensorialmente as pessoas, uma espécie de concerto psicadélico de luzes, sons , cores ou cheiros. Claro que em vez de hard rock há que prefira Ópera em latim, mas o efeito é precisamente o mesmo.
De notar que nas produções-espectáculo deste tipo, é fácil induzir nos participantes alterações do estado de consciência, ou, pelo menos uma certa manipulação de emoções que transforma a vivência da sacralidade numa anestesia da racionalidade e da integridade pessoal. Se aliarmos a isto um certo sentido de excitante elitismo ou um toque de magia, temos o retrato de um ritual pagão.
Por tudo isso, a religião-espectáculo ou as cerimónias-espectáculo, a que se assiste emocionado e passivo, terá muito de folclórico e sensorialmente excitante, mas pouco de cristianismo.
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