"Há uma semana (a 29 de Março) Green escreveu um texto no Washington Post. O título é “O papa pode ter razão”. Consubstancia o título em “dados empíricos”, como a opinião de vários especialistas num artigo de 2008 da revista Science -- “o uso consistente de preservativo em África não atingiu um nível suficientemente alto ao longo de vários anos de promoção agressiva para lograr um abrandamento mensurável da taxa de infecção na África Subsahariana” --, e explica qual o seu entendimento: se o preservativo, reconhece, funcionou como prevenção primária em locais de alto nível de infecção como a Tailândia e o Camboja, também deveria funcionar em África; mas não funciona, segundo ele, por dois motivos. A saber, a “compensação pelo risco”, ou seja, uma reacção à existência de uma tecnologia protectora no sentido de arriscar mais (ou seja, ter mais comportamentos de risco, incluindo o não uso do preservativo), e o facto de nas relações estáveis as pessoas tenderem a não usar preservativo, sendo que é, afirma Green, nas relações estáveis que ocorre “o pior da epidemia africana”. (....) Mesmo descontando o pormenor de ser quase impossível alguém saber de ciência certa que está numa relação mutuamente exclusiva – problema que não se coloca só em África , ocorre uma pergunta singela. Em que é que, ao certo, Green acha que o papa pode ter razão?"
O texto é da Palmira e subscrevo-o inteiramente.
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