sexta-feira, abril 24, 2009

A IGNORÂNCIA MATA

"Se o preservativo falha tantas vezes como contraceptivo, como poderia ser mais eficaz na protecção contra a SIDA, quando se sabe que o vírus HIV é cerca de 450 vezes menor que um espermatozóide? "

1) A falibilidade do preservativo nada tem a ver com o tamanho do vírus da SIDA ou dos espermatozóides. A barreira protectora do preservativo é completamente estanque à passagem dos espermatozóides ou do vírus da SIDA.

2 - Num preservativo mal colocado ou mal utilizado ( por exemplo, quando o pénis é retirado da vagina bastante tempo após da ejaculação e se encontra já sem uma erecção) existe a possibilidade de alguma quantidade de esperma escorrer para fora do preservativo ( e não de passar a barreira de látex).
O preservativo poderá romper ou rasgar-se como resultado de usos incorrectos tais como desenrolar o preservativo antes de colocá-lo, tentar colocar o preservativo ao contrário, deixar que se prendam nas unhas ou anéis, e reutilizar os preservativos . Outras práticas incorrectas, que permitem um contacto desprotegido, incluem iniciar o acto sexual e depois retirar o pênis para colocar o preservativo, ou não segurar a aba do preservativo ao retirar o pênis depois da ejaculação, o que poderá fazer o preservativo mover-se e o sémen escorrer para fora.
Por tudo isto, não basta a acessibilidade aos preservativos mas fazer educação para a saúde ensinar as pessoas a utilizá-los adequadamente.

3 - Mesmo em condições não ideais de utilização, o preservativo garante uma eficácia elevada.

4 - Apesar de não garantirem "relações sexuais absolutamente seguras", os preservativos reduzem substancialmente o risco individual de infecção. São aliás o único meio de garantir a prevenção eficaz do contágio do HIV durante uma relação sexual.
5 - Os testes de laboratório mostram que nenhuma ISTs, incluindo a infecção por HIV, pode atravessar um preservativo de látex intacto . Todos os 10 estudos de coortes realizados por exemplo no ano de 1995, que avaliaram o uso de preservativos por casais heterossexuais, demonstraram que o uso constante de preservativos protege contra a infecção do HIV.

6 - Na verdade, a evidência mais convincente da eficácia dos preservativos foi obtida por estudos feitos com casais sero-discordantes para o HIV, ou seja, casais em que um parceiro está infectado e o outro não.Estes estudos constataram que nestes casais o risco de infecção do HIV era muitíssimo baixo, se usaram os preservativos de forma constante Em três estudos recentes, foram constatadas taxas de infecção menores que 1% ao ano entre utilizadores constantes de preservativos.

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