quinta-feira, abril 30, 2009
Os deveres
Fazem-se e pronto. Custe o que custar.
( Refiro-me oas deveres morais, deontológicos e profissionais).
Acho que este conceito de dever faz falta na educação dos jovens de hoje.
Os 7 cavaleiros
Organização Mundial da Saúde elevou hoje o nível de alerta para cinco, de uma escala de seis, revelando a iminência da "pandemia" de gripe suína. "Toda a humanidade está sob a ameaça de uma pandemia", disse a directora-geral da Organização Mundial de Saúde.
Este nível de alerta nunca tinha sido utilizado antes.
quarta-feira, abril 29, 2009
Das pandemias
O Espírito sopra
"P. Le pregunté sobre la afirmación episcopal de que el Gobierno, si aprueba la ley del aborto, estará matando a personas.
R. Es retórica demagógica unida a exageración hispánica. Hacen un flaco favor a la vida que pretenden proteger y dan lugar a reacciones opuestas extremistas. Es el mismo error que cuando apoyan al obispo brasileño que enarbola la excomunión por el aborto de la menor violada o cuando se ponen del lado de Bush contra la investigación con células madre, o del lado de Berlusconi contra el respeto a la dignidad del morir "
As megeras
Fechou aporta da sala de aula e continuei a ouvi-la gritar, quase sem acreditar.
As funcionárias explicam-me que é sempre assim. Passa amanhã e as tardes aos gritos com os miúdos. Eles são tão pequeninos. E ninguém faz nada. Os pais meios amedrontados rezam para que ela para o ano não volte à escola. A todos este comportamento parece uma espécie de inevitabilidade.
Sorte a dela que não é nenhum dos meus filhos.
É o que dá ir ás escolas a horas em que nenhum pai lá põe os pés.
E ainda dizem que a avaliação não é necessária... Pois não.
terça-feira, abril 28, 2009
Canonização da Padeira de Aljubarrota
Vaticano 2035
O livro tem muito de qualquer coisa de profético. Uma grave crise económica mundial , uma pandemia global, o obscurantismo mais reaccionário no trono do vaticano.
Mas depois o inevitável volte face.
Sem educação
A estratégia, política e corporativa, parece ser concertada e, apesar de discreta nem por isso é menos vergonhosa.
Os professores não se importam. Recusam-se a aplicar os novos regulamentos disciplinares, não estão para se maçar com alunos. Dá-lhes muito trabalho, andam muito cansados, taditos.
Entretanto o negócio das explicações sem controlo fiscal floresce.
É uma vergonha, o que se está a passar.
Santos assassinos
Os neoprotestantes
"Primeiramente, é importante observar que, assim como os protestantes originários, os neoprotestantes agem (ou pelo menos parecem agir) motivados por uma certa noção de dever, como se fossem de alguma forma incumbidos de uma tarefa "irrenunciável", qual seja, a de reparar os "danos" causados pelo Vaticano II (no caso dos protestantes originários, tal tarefa seria "restaurar" a Igreja bíblica e primitiva).
Mas, como dizíamos, antigamente os protestantes originários afirmaram que Roma deixara para trás a verdadeira religião, deixara Cristo de lado, tornara-se a "prostituta do Apocalipse", a "nova Babilônia"; por isso, munidos do dever de restaurar a "verdadeira" Igreja, eles protestaram contra esta "nova Roma-Babilônia" e fundaram suas novíssimas comunidades, onde estaria de volta a verdadeira e primitiva Igreja. Os neoprotestantes fazem, hoje, o mesmo que os protestantes originários: Roma perdeu a Fé, negou a verdadeira religião, deixou Cristo de lado, a Igreja não existe mais em Roma e a religião católica (a despeito do que definiu o Concílio Vaticano I) não permanece mais na Sé Apostólica. Por isso eles, os tradicionalistas anti-Vaticano II ou neoprotestantes – como resolvemos chamá-los neste ensaio – se arrogam o dever, a tarefa heróica, de restaurar a Igreja verdadeira, livrá-la da heresia que nela se instalou, trazer de volta Cristo – exatamente como fizeram os protestantes originários, e hoje vemos os resultados...
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, nos discursos de seus mais altos chefes, sempre deixou transparecer esta concepção nitidamente protestante."
sábado, abril 25, 2009
24 de Abril de 1974
Ontem à noite alguém me contava que em certas alturas da Guerra Colonial ,os caixões eram tantos que tinham de ser empilhadados em altura. Seis a seis.
Os voos com os caixões de cadáveres eram programados para chegar a Lisboa durante a noite. Havia que esconder a morte e o medo.
Era assim este país.
Feito de noites e cadáveres escondidos.
sexta-feira, abril 24, 2009
Prevenção em Àfrica
A IGNORÂNCIA MATA
A IGNORÂNCIA MATA
1) A falibilidade do preservativo nada tem a ver com o tamanho do vírus da SIDA ou dos espermatozóides. A barreira protectora do preservativo é completamente estanque à passagem dos espermatozóides ou do vírus da SIDA.
2 - Num preservativo mal colocado ou mal utilizado ( por exemplo, quando o pénis é retirado da vagina bastante tempo após da ejaculação e se encontra já sem uma erecção) existe a possibilidade de alguma quantidade de esperma escorrer para fora do preservativo ( e não de passar a barreira de látex).
O preservativo poderá romper ou rasgar-se como resultado de usos incorrectos tais como desenrolar o preservativo antes de colocá-lo, tentar colocar o preservativo ao contrário, deixar que se prendam nas unhas ou anéis, e reutilizar os preservativos . Outras práticas incorrectas, que permitem um contacto desprotegido, incluem iniciar o acto sexual e depois retirar o pênis para colocar o preservativo, ou não segurar a aba do preservativo ao retirar o pênis depois da ejaculação, o que poderá fazer o preservativo mover-se e o sémen escorrer para fora.
Por tudo isto, não basta a acessibilidade aos preservativos mas fazer educação para a saúde ensinar as pessoas a utilizá-los adequadamente.
3 - Mesmo em condições não ideais de utilização, o preservativo garante uma eficácia elevada.
4 - Apesar de não garantirem "relações sexuais absolutamente seguras", os preservativos reduzem substancialmente o risco individual de infecção. São aliás o único meio de garantir a prevenção eficaz do contágio do HIV durante uma relação sexual.
6 - Na verdade, a evidência mais convincente da eficácia dos preservativos foi obtida por estudos feitos com casais sero-discordantes para o HIV, ou seja, casais em que um parceiro está infectado e o outro não.Estes estudos constataram que nestes casais o risco de infecção do HIV era muitíssimo baixo, se usaram os preservativos de forma constante Em três estudos recentes, foram constatadas taxas de infecção menores que 1% ao ano entre utilizadores constantes de preservativos.
quinta-feira, abril 23, 2009
Tarados e roupas das mulheres
Eleições
Demorei uns segundos de perplexidade para perceber o que se passava.
O grito foi de susto por causa do novo outdor eleitoral da Manuela Ferreira leite. Com um fundo cinzento escuro, um rosto esquálido e inexpressivo, ligeiramente esverdeado, fita-nos.
Parece uma bruxa, mãe!
Fiquei completamente tranquila sobre os resultados eleitorais.
Azeite condestável
La peor perversión es la castidad
La “castidad” tan pregonada por la jerarquía católica, cuya variante para los curas se llama “celibato”, es una perversión porque es antinatural. Lo natural en todo ser vivo es la sexualidad.
La sexualidad, siempre que sea mutuamente consentida y entre personas con conciencia de lo que hacen, no sólo es un placer sino la forma más bella que tienen de compartir, amar y sentir dos personas. Es la expresión máxima de intimidad entre dos seres, dos “almas”, siempre y cuando no esté mediada por el dinero, la supeditación, el abuso, o cualquier otra forma de envilecimiento.
Dicho en términos deístas: “si Dios nos hizo con sexo, será para que lo usemos y no para que lo carguemos de adorno”. Parece haber aquí una contradicción lógica en el propio dogma. Inconsecuencia doctrinal al igual que en el empecinamiento de la Iglesia sostener con medios artificiales la vida de personas que ya habrían muerto de no existir ciertas técnicas modernas.
Puesto que si lo natural es la “voluntad de Dios”, sostener la vida artificialmente, es sólo la voluntad del “hombre” (con perdón de las feministas). Recordemos un reciente caso en Italia.
A construção social de género
A construção social de género
Nem sequer o sexo biológico é uma categoria essencialista e redutora que pretedermina a identidade e os papéis sociais
Em boa verdade até a noção estritamente biológica de sexo feminino ou masculino é um conceito complexo que engloba múltiplas definições.
segunda-feira, abril 20, 2009
Os anjos usam preservativo?
sexta-feira, abril 17, 2009
bater de asas
O príncipe François Charles Joseph Bonaparte, Napoleão II, filho de NapoleãoI e da arquiduquesa Maria Luísa, nasceu em Paris em 1811. Para ele tinham sido pensados grandes futuros, mas morreu em Schönbrunn em 1832, de tuberculose. Tinha 21 anos e um rosto de linhas claras. Em frente ao leito onde agonizou permanece ainda hoje o seu animal de estimacao preferido - um pequeno pássaro empalhado.
quarta-feira, abril 15, 2009
A ameaça nazi
A eleição de um Presidente negro está a excitar estes grupos de maior violência.
Trata-se da extrema direita mais radical, onde se integram os grupos ditos próvida, fundamentalistas religiosos evangélicos e católicos , movimentos racistas e homofóbicos.
Os riscos do terrorismo destes grupos de extrema direita são reais, colocandoem alerta as forças de segurança.
A divulgação destes factos é extremamente importante,sobretudoa exposição pública da associação criminosa de grupos ditospróvida ligados ao fundamentalismo religioso e a extrema direita mais radical.
AS BRUTAS
Quatro mulheres enforcaram-se no planalto.Degolaram com paciência os seus animais as suas vinte cabras, os seus dois cães de raça e os corpos penderam no vazio. Mas o vazio tinha nesse dia uma luz roxa e havia pássaros presenciando o sangramento daquele sangue jovem.Eram irmãs e os cães eram amantes e as cabras pastavam sobre a mesma colina, cruzavam e descruzavam as suas patas dianteiras com um lento movimento de felicidade.
Ao levantar-se, ninguém estava com ânimo para assistir à paisagem. Ninguém ouviu o canto das cabras ao concluir o seu caminho.Ninguém ouviu ladrar os cães (o seu silêncio é a morte) e não há que virar os olhos para os cumes nevados com as quatro mulheres penduradas (podem ser de argila a esta distância) figuras de palha seca ao sol, (espantalhos) alguma ilusão de cinza no alto. Atrás, segue passando o rio. Cada vez mais claro, mais manso. O vento balança-as a cada momento. Ninguém se atreve contudo a descê-las. Ninguém quer conceber o uivo sem eco de planalto. Mulheres sem homens (bestas) com os joelhos fracos– não foram elas as do grito, as da queixa –foi mais dos animais a lamentação.
Soa um corno de caça medieval. O homem numa névoa de paixão, recordações e amargura(baixa) mas chegou tarde para as resgatar. Luciana casava-se na próxima semana. Não pôde adiar a decisão colectiva, o rito de morrer das suas irmãs.Justa cerzia para um orfanato e Quisque dava de comer aos animais. Umas vidas simples… Quisque, Justa, Lucía e Luciana rebentaram o cordel que juntas as atou. As brutas, diziam-lhes.
As sábias, murmuravam. Contradição da representação. Formalidades. Quatro figuras, vinte cabrase dois cães de raça caem como sementes no orvalho. Uma mão, o dorso de um cão, a falange, um pescoço cortado em cruzo meu focinho, o teu.O cordel que as une é o limite?O limite esse grito que ninguém escutou?Como tirar os olhos de uma paisagem sem cães nem cabras?
[in Poesia Cubana Contemporânea - Dez Poetas, selecção de Pedro Marqués de Armas, tradução de Jorge Melícias, Antígona, 2009]
É viver com sentido, com coragem, construindo o futuro e dando futuro. Isso depende de mim.
Vasco Pinto de Magalhães, in 'Não Há Soluções, Há Caminhos'
terça-feira, abril 14, 2009
segunda-feira, abril 13, 2009
El “sepulcro vacío
"No es exageración optimista hablar de lo enorme del cambio ya acontecido. Entre un manual preconciliar y un tratamiento actual, incluso de los más conservadores, la distancia es astronómica, tanto en lo cuantitativo del espacio dedicado, como en lo cualitativo del modo de ver la resurrección.
Desde luego, ya nadie confunde la resurrección con la revivificación o vuelta a la vida de un cadáver . Ni por tanto se la pone en paralelo ni, menos, se la confunde con las “resurrecciones” narradas no sólo en la Biblia, atribuidas a Eliseo, a Jesús o a Pablo (que, por otra parte, casi nadie toma a la letra), sino también en la cultura del tiempo, como en el caso de Apolonio de Tiana. La resurrección de Jesús , la verdadera resurrección, significa un cambio radical en la existencia, en el modo mismo de ser: un modo trascendente, que supone la comunión plena con Dios y escapa por definición a las leyes que rigen las relaciones y las experiencias en el mundo empírico.
En el caso del sepulcro vacío se han dado más pasos. Exegéticamente no es posible decidir la cuestión, pues, en puro análisis histórico, hay razones serias tanto para la afirmación como para la negación. Pero se ha producido un cambio importante, en el sentido de que son ya muchos los autores que no hacen depender la fe en la resurrección de la postura que se adopte al respecto: se reconoce que pueden creer en ella tanto los que piensan que el sepulcro ha quedado vacío como los que opinan lo contrario.
La opción por tanto depende, en definitiva, del marco teológico en que se encuadra. Y la verdad es que, superadas las adherencias imaginativas que representan al Resucitado como vuelto a una figura (más o menos) terrena, y tomado en toda su seriedad el carácter trascendente de la resurrección, la permanencia o no del cadáver pierde su relevancia. El resultado vivencial y religioso es el mismo en ambos casos. Una realidad personal tan identificada con Dios, cuya presencia se puede vivir simultáneamente en una aldea de África o en una metrópoli europea, que no es visible ni tangible: en una palabra, una realidad que está totalmente por encima de las leyes del espacio y del tiempo, no puede guardar ninguna relación material con un cuerpo espacio-temporal.
Esto es importante, porque lo que, en el fondo y con toda legitimidad , pretende salvaguardar la afirmación de la tumba vacía es la identidad del Resucitado; que es también lo que se busca expresar con el simbolismo de la “resurrección de la carne ”. Pero, aparte de que ni siquiera en la vida mundana puede considerarse sin más el cuerpo como el verdadero soporte de la identidad, puesto que sus componentes se renuevan continuamente, parece claro que la preservación de la identidad ha de buscarse en el ámbito de categorías estrictamente personales. Aunque estamos en una de las más arduas cuestiones de la antropología , lo fundamental es que la identidad se construye en el cuerpo, pero no se identifica con él. Lo que el cuerpo vivo ha significado en esa construcción se conserva en la personalidad que en él y desde él se ha ido realizando; no se ve qué podría aportar ahí la transformación (?) del cuerpo muerto, del cadáver .
Por otra parte, rota la linealidad literal de las narraciones , resulta muy difícil, si no imposible, interpretar con un mínimo de coherencia el supuesto contrario. ¿Qué sentido podría tener el tiempo cronológico en que el cadáver permanecería en la tumba, para ser “revivificado” en un momento ulterior? ¿Qué tipo de identidad personal sería la del Resucitado mientras espera la “revivificación ” del cadáver ? ¿Qué significaría esa mezcla de vida trascendente y espera cronológico-mundana?
En cambio, dentro de la irreductible oscuridad del misterio, todo cobra coherencia cuando se piensa la muerte como un tránsito, como un “nuevo nacimiento ”, en el que la persona “muere hacia el interior de Dios”; algo así como si del “útero” mundano la persona se alumbrase hacia su vida definitiva: “llegado allí, seré verdaderamente persona”, dijo san Ignacio de Antioquía. Y el Cuarto Evangelio ve en la cruz la “hora” definitiva, en la que la “elevación” (hýpsosis ) es simultáneamente muerte física en lo alto de la cruz y “glorificación” en el seno del Padre.
Morir es ya resucitar: resurrección-en-la-muerte. "
Andrés TORRES QUEIRUGA Teólogo
Repensar la resurrección,Trotta, Madrid, 2003
A crise da Igreja em Espanha
"EN LOS JÓVENES, el descenso es todavía mayor. Los sociólogos hablan de un “cristianismo residual”. La no creencia entre la juventud ha sufrido un incremento espectacular: en menos de 15 años se ha pasado del 22% que se declaraba no creyente, al 46%.
En la actualidad, los jóvenes que se declaran no creyentes católicos están por encima del 50%. De entre los creyentes, el 39% se declara católico no practicante, y solo el 10%, católico practicante. El descenso es mayor cuando se trata de expresar la importancia de la Iglesia católica en su vida: sólo para el 3% desempeña un papel significativo y tiene sentido en su día a día.
Cada año, varios miles de fieles abandonan la fe católica y pasan a engrosar el mundo de la falta de creencia o se incorporan a otras religiones que les merecen más cré-dito y confianza. Las solicitudes de apostasía van en aumento. Durante los seis primeros meses del 2008 se habían presentado 529 solicitudes de apostasía, cifra muy superior a las presentadas durante todo el año 2007, que alcanzaron la cantidad de 287.
LA REACCIÓN de la jerarquía ante tamaña crisis no es un examen de conciencia al modo clásico para analizar las causas de semejante deterioro y poner remedio. Lejos de asumir su responsabilidad, lo que hace es echar balones y culpar de la misma al galopante proceso de secularización de la sociedad, al Gobierno socialista, a las leyes aprobadas en el Parlamento, al laicismo ambiental e incluso a los teólogos críticos y a los movimientos cristianos de base.
¿Aprovechará la jerarquía católica la Semana Santa y la Pascua de Resurrección para reconocer su desubicación cultural, despertar del sue- ño dogmático en el que vive y cambiar de rumbo?"
Espectacular
Green dixit
"Há uma semana (a 29 de Março) Green escreveu um texto no Washington Post. O título é “O papa pode ter razão”. Consubstancia o título em “dados empíricos”, como a opinião de vários especialistas num artigo de 2008 da revista Science -- “o uso consistente de preservativo em África não atingiu um nível suficientemente alto ao longo de vários anos de promoção agressiva para lograr um abrandamento mensurável da taxa de infecção na África Subsahariana” --, e explica qual o seu entendimento: se o preservativo, reconhece, funcionou como prevenção primária em locais de alto nível de infecção como a Tailândia e o Camboja, também deveria funcionar em África; mas não funciona, segundo ele, por dois motivos. A saber, a “compensação pelo risco”, ou seja, uma reacção à existência de uma tecnologia protectora no sentido de arriscar mais (ou seja, ter mais comportamentos de risco, incluindo o não uso do preservativo), e o facto de nas relações estáveis as pessoas tenderem a não usar preservativo, sendo que é, afirma Green, nas relações estáveis que ocorre “o pior da epidemia africana”. (....) Mesmo descontando o pormenor de ser quase impossível alguém saber de ciência certa que está numa relação mutuamente exclusiva – problema que não se coloca só em África , ocorre uma pergunta singela. Em que é que, ao certo, Green acha que o papa pode ter razão?"
O texto é da Palmira e subscrevo-o inteiramente.
A Ciência ou a escuridão
The past 30 years or so have been an age of endarkenment. It has been a period in which truth ceased to matter very much, and dogma and irrationality became once more respectable. This matters when people delude themselves into believing that we could be endangered at 45 minutes' notice by non-existent weapons of mass destruction.
It matters when reputable accountants delude themselves into thinking that Enron-style accounting is acceptable. It matters when people are deluded into thinking that they will be rewarded in paradise for killing themselves and others. It matters when bishops attribute floods to a deity whose evident vengefulness and malevolence leave one reeling. And it matters when science teachers start to believe that the Earth was created 6,000 years ago.
And, of course, the indefensible has become the unquestionable. We live in a time when governments can use lies to justify foreign wars of opportunity, and the people who are punished are those who dared to question it; when religious kooks can sell 75 million copies of books that predict, and revel in, the imminent bloody obliteration of all non-christians, and the greatest outrage is reserved for the fact that a few atheists have books on the bestseller lists; when science funding is on the wane and science education is being corrupted, and those who struggle to keep biblical bullshit out of the classrooms are called intolerant and unamerican.
A few years ago Carl Sagan could write about lighting candles in the dark, and we all focused on that hopeful metaphor of the candle — we need to keep that flickering light alive. Maybe it's past time that we recognized the encroaching darkness as the enemy, and that we need to stop looking inwards at our own individual antique light sources, and think about organizing a more powerful and more incandescent means of illumination to directly fight that wretched ignorance. Use those candles to light a fire. We need to blaze; we need to lase.
Os nazis praticavam a crucificação
sábado, abril 11, 2009
A pena de morte
Pela Vida
O facto passou-se numa unidade hospitalar de Portugal e, graças a Deus e ao bom senso, não apareceu nenhum alucinado a bramar excomunhões.
sexta-feira, abril 10, 2009
Pornografia da morte
A coisa atingiu o auge com a mediatização da sua agonia por cancro, que lhe rendeu uns milhões na conta bancária que irão prontamente ser gastos pelo alegre viúvo, actualmente a cumprir pena de prisão.
Acho curioso que por parte da Igreja Católica, sempre tão afanosa nas questões da ètica,nem um sussurro se ouça sobre esta pornografia da morte e do sofrimento humano, transformado em espectàculo de feira e exibicionismo doentio.
O funeral também deu uma boa margem de lucro televisivo.
Parece que nada tem valor, ou melhor,que tudo tem um preço de mercado,até a agonia e a morte de um ser humano. Não tarda nada vamos ter exibições de execuções sumárias e agonias em prime time. Já circulam no youtube.
Férias
Irritações
A irritação é maior quando se acompanham de trejeitos sussurrados sobre o estado do tempo ou as questões da revista caras.
Fico assim asaber que até a esquelética letícia encomendou uns implantes mamários novos e silicone nas nádegas para gozo do seu príncipe. Noblesse oblige.
Momentos bons
Mas o melhor foi acabar a noite à chuva ao som de GOSPEL....
quinta-feira, abril 09, 2009
A voz da Igreja
"A Igreja também tem direito de ser a voz dos mais pobres, dos mais oprimidos, a ser a voz da esperança, nesse mundo onde tanta gente vive sem futuro, vive sem horizontes de vida", diz. O bispos devem ter uma "voz profética" , devem estar à frente da história e estar atentos aos sussurros dos tempos. Ou aos gritos dos homens e mulheres deste agora , tão fascinante como promissor.
Talvez por isso, as recentes palavras dos Bispos Portugueses tenham tanta importância. São vozes pela vida. D. Ilídio Pinto do Amaral, Bispo de Viseu, defendeu a utilização de preservativos como forma de prevenir a transmissão da sida e admitiu que o matrimónio, ao menos nos casos de violência familiar, possa ser dissolvido por divórcio.
D. Carlos Azeredo, Bispo Auxiliar de Lisboa, afirmou que a Igreja Católica não tem que dar indicação de voto, se houver bom senso, nem andar a fazer propaganda política contra partidos que apoiam a legalização do casamento de homossexuais. Sustentou ainda, de uma forma clarividente, que o magistério da Igreja tem de evoluir na questão do emprego dos preservativos e manifestou a sua "preocupação" pelo teor da carta que recebeu do Papa a propósito do levantamento das excomunhões dos bispos da FSSPX. Algo comum à maioria esmagadora dos católicos.
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, também considerou que em casos excepcionais, seja admissível o recurso aos preservativos, como modo de profilaxia da sida, o que é absolutamente normal.
Temos portanto Bispos Católicos com bom senso e a favor da Vida.
terça-feira, abril 07, 2009
«A outra face do mesmo vício é o pelagianismo dos piedosos.
Estes não querem ter perdão algum e, de um modo geral, nenhum verdadeiro dom de Deus.
Querem estar em ordem, não querem perdão, mas justa recompensa.
Quereriam não esperança, mas segurança.
Com um duro rigorismo de exercícios religiosos, com orações e acções, querem ter direito à beatitude.
Falta-lhes a humildade essencial para qualquer amor, a humildade de receber dons que ultrapassam a nossa acção e o nosso merecimento.
A negação da esperança a favor da segurança, diante da qual nos encontramos agora, baseia-se na incapacidade de viver a tensão do que está para vir e de se abandonar à bondade de Deus.
Assim, este pelagianismo é uma apostasia do amor e da esperança e em profundidade também da fé» (“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger).
segunda-feira, abril 06, 2009
Da pacem
Jesus entrou em Jerusalém montado num burrinho. Todos o aclamavam com ramos e capas estendidas à sua passagem. O burro era, segundo a tradição, a montada real em tempo e em missão de paz. Em tempo de guerra, o rei saía a cavalo. Aqui mais do que manifestar humildade, Jesus apresentava-se, e assim deve ser reconhecido, como príncipe e modelo da paz.
Esta paz não é apenas tréguas nem bem-estar interior.
Esta paz não é mole, é promoção de justiça e verdade.
Não é acalmar e pactuar, é pagar o mal com o bem.
Vasco P. Magalhães, sj
Ciência ao serviço da Vida
O cientista foi denunciado às autoridades por espalhar o pânico entre a população, de acordo com a agência Reuters.
Aposto que se fosse um vidente ou o Papa tinham acreditado nele.
Para tudo há uma explicação racional
"Ao que sei, a primeira vez que a minha vida perigou tinha eu cerca de 4 anos de idade, tendo estado em coma alguns dias, por numa tarde de grande calor ter bebido, à socapa dos adultos, água estagnada e pútrida de uma dorna. " confidencia o inenarrável NSP.
Tá explicado! Já desde infante tinha esta atracção por substâncias perigosas ,algumas delas ilicitas. Mais tarde substituiu tais substâncias pútridas por idéias ainda mais pútridas. Daí a permanente diarréia ideológica.
O Santana Maia ( grande homem!) safou-o da morte mas não dos comportamentos aditivos.
Crucifica-o!
O seu crime?
Religioso, basicamente.
Não deixa de ser paradoxal que os seus seguidores matassem tanta gente em nome dos mesmos "crimes".
Assim, sempre que ouço um pretenso católico insultar os outros de "hereges" ou a bramar contra a modernidade, os direitos humanos, a caridade e o pacifismo, relembro as vozes ululantes da multidão atiçada pelos fariseus, os puristas da lei e da norma.
"Crucifica-o!" - continuam a gritar hoje. E até citam as escrituras, como fizeram os doutores da Lei e os fariseus para justificar a tortura e morte do nazareno.
Pela Vida !
Um elemento importante foi a posição oficial do Vaticano sobre o tema, corroborando a doutrina de que faz parte da tradição da Igreja Católica a teoria do duplo efeito, permitindo o aborto no caso de ser premente salvar a vida da mulher.
domingo, abril 05, 2009
Mães espirituais
Pela vida
O sonho de um mundo sem armas nucleares num mundo onde a ameaça nuclear nunca esteve tão próxima. Um Presidente que fala verdade.
sábado, abril 04, 2009
Carlos Azevedo anuncia ainda que a CEP irá publicar uma nota pastoral sobre os três actos eleitorais deste ano, que será centrada nos problemas económicos e sociais do país. “É preciso reabilitar a política em Portugal.” Na nota não se dirá, acrescenta, que os católicos devem evitar votar em determinados partidos por causa de temas como os casamentos homossexuais. “De maneira nenhuma, nunca é essa a posição da Igreja, se for sensata.”
Sobre a polémica acerca do preservativo, que marcou as últimas semanas desde a viagem do Papa a África, Carlos Azevedo afirma que a posição da Igreja tem “certamente uma evolução a fazer”. A doutrina católica aponta para um ideal, muitas vezes difícil, mas a aplicação do princípio aceita a “opção pelo mal menor” em determinadas circunstâncias.
O bispo confessa ainda ter ficado “preocupado” com a carta que recebeu do Papa, a propósito do levantamento da excomunhão aos bispos integristas.
(fonte Público,)
Tipos divertidos
As coisas mais divertidas dos blogues dos Rad Trads, além dos posts delirantes, são as fotografias de integristas conservadores e os nomes próprios. A maior parte das fotos dos seus gurus espirituais exibem faces boçais de lubricidades ocultas ou rostos patibulares.
A sério. É difícil arranjar uma colecção tão completa de cromos e homens particularmente feios do que nos blogues de tradici0naisltas católicos. O que explica que as raras fêmeas integristas que circulam nestes meios guinchem alto e bom som os seus perenes votos de castidade. Pudera...
E depois os nomes. Que um gajo seja feio, `inda vá. Mas que se chame Danilo Badaró, Olegário, Danilo Augusto, Gederson Falcometa ou Dionisio Pedro...
Não é culpa das criaturas, eu sei, mas das desgraçadas das mães, que assim determinaram o seu futuro. Imaginem que todos os dias têm de viver com o nome Falconeta, que os colegas da faculdade só vos conhecem por Badaró, que os vossos amigos passam o dia a cantar a música do olegário, que o chefe la da empresa berra pelo Danilooooooooo... ou que a namorada recente tem de apresentar um Dionísio aos amigos. Depois admiram-se que se refugiem em seitas religiosas.
Ajoelhou, tem de pecar
Ajoelhou, tem de rezar
Para perceber bem a perversão interior de certas pessoas, basta ler as perguntas que lhes fazem antes ou durante a chamada confissão. Particularmente as perguntas relativas à sexualidade. Tanta taradice religiosa é difícil de encontrar.
Mas reparem que há pessoas tão abjectas que colocam no mesmo patamar de "pecado ":
- a masturbação ( algo perfeitamente saudável e normal ) e o incesto ou a pedofilia;
- que incluem na mesma listagem de "pecados" a contracepção eficaz e o adultério;
- que colocam ao mesmo nível de "pecado" o sexo oral no casamento e a infidelidade conjugal."
Presumo que para pessoas tão perturbadas psicologicamente a confissão é um momento de particular gozo, num onanismo místico eivado das suas mais profunda obssessões e santas parafilias.
Agora que queiram publicitar isso como experiência religiosa positiva....
As 5 chaves da espiritualidade inaciana
1 - Como ponto de partida, um Deus visto como o Absoluto da vida da pessoa, desejando a sua felicidade e o seu bem. Foi o próprio Inácio a descrever a sua experiência de Deus como a de “uma criança levada cuidadosamente pela mão”.
2 - Um Deus presente em todas as coisas, e por isso imprimindo nelas a sua bondade: tudo é bom! Ao contemplar o céu estrelado de Roma, Inácio sentia uma alegria e consolação profundas, pois as estrelas falavam-lhe poderosamente do seu Criador e Senhor.
3 - Um desafio, o de crescer em liberdade interior, disponibilidade constante para o uso certo de todos os bens. Inácio era também muito consciente dos “enganos do coração”, e conhecia por experiência própria como o egoísmo no uso de qualquer realidade (bens materiais, relações pessoais, situações, etc.) pode “desviar” o serviço do Bem no mundo. Daí a necessidade da liberdade interior que vem de estarmos centrados em Deus e voltados para o serviço dos homens. O pecado nasce precisamente da falta dessa liberdade, e mais do que não cumprir regras, é “errar o alvo” (origem etimológica da palavra) no caminho do que nos faz plenamente humanos.
4 - Uma arte, a de viver bem e com paz cada momento da vida, seja ele alegre ou mais difícil. Para Inácio, a vida “correr bem” ou “correr mal” não depende dos eventos exteriores, do maior ou menos sucesso, da saúde ou da doença. A promessa de Deus não é uma vida facilitada, mas a Sua presença e proximidade para ajudar a viver mesmo as circunstâncias mais duras. Por isso um aparente sucesso na vida, seja fama ou poder, pode afastar dos outros e do seu serviço; e um fracasso, pelo contrário, pode ter como resultado a consciência da não auto-suficiência e da necessidade dos outros e de Deus.
5 - Um método, a forma de encontrar os desafios de Deus no coração do homem, partindo da consciência das consolações (alegria e paz interior) e desolações (inquietação e “falta de sintonia”). As primeiras indicam o caminho a seguir, as segundas revelam as opções a evitar.
Freaks
Viagens...
Entretanto, por indicação de um amigo, descobri mais um blogue fantástico. A provar que a imaginação e sonho são possíveis.
sexta-feira, abril 03, 2009
Lembretes
"Nos termos do artigo 1.º da CRP, Portugal é uma República soberana, baseada, além do mais ali referido, na dignidade da pessoa humana. Dispondo o artigo 25.º n.º1 que a integridade moral das pessoas é inviolável, sendo a todos – de acordo com o artigo seguinte – reconhecidos os direitos ao bom nome e reputação.
o capitulo VI do Código Penal, de “Crimes Contra a Honra”, ali se consignando vários crimes correspondentes à violação desse direito. Por sua vez, o artigo 70.º do Código Civil refere a protecção dos indivíduos contra qualquer ofensa ilícita ou ameaça à sua personalidade física ou moral. Estatuindo o artigo 484.º que, quem afirmar ou difundir um facto capaz de prejudicar o crédito ou o bom nome de qualquer pessoa, responde pelos danos causados. Estes preceitos são secundados por muitos outros, reportados, por regra, já a vertentes em que o direito à honra, ou melhor, a sua violação, se enquadra em domínios específicos da actividade social, como a imprensa.
VIII – Toda esta estatuição vai no sentido da protecção da honra, mas recorre a terminologia que leva, ou pode levar, a algumas dúvidas. Assim, a Constituição, depois de aludir à dignidade e integridade moral das pessoas, fala em “bom nome e reputação”, a Declaração Universal dos Direitos do Homem em “honra e reputação”, a CEDH a “protecção da honra ou dos direitos de outrem” o Código Penal, depois de aludir, na designação do capítulo, apenas a “honra”, alude no texto dos tipos legais que cria, a “honra e consideração” para o Código Civil referir o “crédito ou o bom nome de qualquer pessoa”.
Do Rogério Costa Pereira
Pormenores
Sexualidade e deficiência
No caso de pessoas invisuais, tal situação pode dificultar não apenas o relacionamento interpessoal como uma relação equilibrada como seu próprio corpo e a sua sexualidade.
Há no entanto inúmeros testemunhos de pessoas cegas com uma vida sexual activa e plenamente realizada.
Cultura da Morte
o acesso fácil a armas pode determinar tragédias de contornos imprevisíveis.
Neste momento, perto de NY, mais uma tragédia deste tipo está a acontecer.
Outros episódios serão inevitáveis se não se alterar a legislação sobre uso e porte de armas.
Mas o lobie da indústria de armamento e tráfico de armas, nos EUA , é poderossíssimo. Com ligações políticas e económicas à direita mais conservadora, ao integrismo católico e aos movimentos radicais ditos Provida .
A urgência do feminismo face aoTradicionalismo Religioso
Pela vida
quinta-feira, abril 02, 2009
A tradição
Coisas felizes
Acabei de escolher o tipo de capa para o livro e a textura das folhas para impressão. Sinto-me a escolher tecidos para um vestido de cerimónia. Que cores usar, as texturas, o grafismo, os toques. A fotografia da capa também já está. Do vítor, claro, que gentilmente me cedeu os direitos de autor sem nenhuma contrapartida que não a amizade. A imagem é de Londres, o simbolismo é universal. Todos estes pormenores finais de fazer o livro deliciam-me.
Sinto-me grata.
Das fábulas
Andando muito esfaimada,
Viu roxos, maduros cachos
Pendentes d’alta latada.
De bom grado os trincaria,
Mas sem lhes poder chegar
Disse: “Estão verdes, não prestam,
Eis cai uma parra, quando
Prosseguia seu caminho,
E, crendo que era algum bago,
Volta depressa o focinho.
LaFontaine
Tornar-se Pessoa
"A tendência da teologia actual é a de afirmar a unidade da pessoa e de evitar falar de corpo e de alma como se fossem duas entidades distintas. No entanto, continua-se a afirmar que no momento da concepção de um novo ser os pais geram o substrato biológico e Deus cria a alma que entra no corpo. Há depois a crença comum de que no momento da morte o corpo se desfaz na terra e a alma sobe ao céu para junto de Deus; quando chegar o momento da ressurreição, as almas reunir-se-ão de novo aos respectivos corpos. Ambas as concepções pressupõem que corpo e alma são separáveis, o que enfraquece a perspectiva unitária da pessoa. Além disso, a concepção tradicional deixa na sombra o carácter constitutivamente relacional da pessoa. Tomás de Aquino compreendeu que é a relação que constitui as três pessoas divinas como pessoas e dá a cada uma a sua identidade, mas negou que isso se aplique aos seres humanos, apesar de eles serem criados à imagem e semelhança de Deus. A concepção individualista de pessoa torna mais difícil compreender a natureza relacional da fé.O actual Papa afirmou na sua obra Introdução ao Cristianismo que a concepção dualista de raiz grega não é compatível com a concepção bíblica de pessoa, a qual acentua a sua unidade e não a sua dualidade. Por isso, Joseph Ratzinger defende também a unidade corpo-alma, mas adopta a concepção relacional de pessoa. Os seres humanos não são apenas indivíduos que estabelecem entre si relações interpessoais transitórias. Na concepção relacional as relações interpessoais, nas quais se inclui também a relação com Deus, constituem a pessoa enquanto tal. Não são pois algo que se acrescenta transitoriamente aos seres humanos individuais.
Ratzinger define então o conceito de alma não em termos de ‘algo’ que se tem, mas sim da relação que se ‘é’: ter alma significa ser-se objecto de uma especial relação de Deus, uma relação de amor...
Quando deixamos a perspectiva individualista, a relação com os outros é elemento constitutivo da nossa identidade, liberdade e dignidade. Na perspectiva relacional a identidade, a liberdade e a dignidade são experiências de relação interpessoal que nos fazem ‘ser’ quem somos, elas não são simplesmente ‘algo’ que se ‘tem’.
Reflexões retiradas de um excelente Blogue
Opus
Tinha fome e deste-me de comer
"Quem lê os Evangelhos com olhos de ver, constatará que Jesus não começou por pregar esse Além feliz. Anunciou o Reino de Deus, que, traduzido em linguagem compreensível, é, pelo menos, o mínimo humano decente para todos, já aqui e agora. Porque ninguém pode acreditar na realização plena do Reino de Deus, em Deus e com Deus, se não houver sinais dele na existência presente, aqui e agora. Por isso, Jesus começou por interessar-se pelo bem-estar das pessoas, pela comida, pela sua saúde. Segundo o Evangelho de S. Mateus, o Juízo Final tem como critério de julgamento dar de comer e de beber aos que precisam, vestir os nus, tratar dos doentes. Um corpo faminto, sedento e doente, independentemente da religião, sexo, cor ou raça, é o lugar do encontro com o Infinito.
O Além não pode ser mera compensação ideológica para a frustração do presente."
Anselmo Borges
Padre e Professor de Filosofia
Retirado de um excelente blogue.
Da noite
quarta-feira, abril 01, 2009
Do medo
Quem formou assim o seu carácter, quem quotidianamente viveu uma vida completa, pode gozar de segurança; para quem vive de esperanças, pelo contrário, mesmo o dia seguinte lhe escapa, e depois vem a avidez de viver e o medo de morrer, medo desgraçado, e que mais não faz do que desgraçar tudo.
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
Edward C. Green dixit
"Let me quickly add that condom promotion has worked in countries such as Thailand and Cambodia, where most HIV is transmitted through commercial sex and where it has been possible to enforce a 100 percent condom use policy in brothels (but not outside of them). In theory, condom promotions ought to work everywhere. And intuitively, some condom use ought to be better than no use.
Pela Vida
Não, definitivamente, não...