"Não há inferência necessária lógica nem uma mera indução por método empírico que prove a ligação da abstinência e actos sexuais desviantes."
De facto. Mas a pesquisa teórica tem investigação fundamentada que permite afirmar que as parafilias são comportamentos predominantemente masculinos.
( De notar que a homossexualidade não é parafilia)
E há pesquisa teórica relevante que prova a conexão entre comportamentos parafílicos (alguns deles violentos e contra crianças) e a incapacidade em manter uma relação sexual adulta normal e satisfatória.
E é este padrão – incapacidade em ter uma relação sexual normal e satisfatória - que explica que a imposição forçada do celibato se torne mais “confortável” para homens com um certo tipo de parafilias, que assim conseguiam alguma forma de reconhecimento social ( e protecção) apesar do seu desvio.
Outro aspecto mais grave é, no caso dos pedófilos predadores sexuais, a facilidade no acesso ás vítimas.
A via eclesial em contextos rígidos, tradicionais e fechados seria o meio "ideal" para um pedófilo.
E foi, em muitos casos. Isto explica em parte do números aflitivso na tradicionalíssima Irlanda. Abusos sexuais em crianças, executados por membros da Igreja, ao longo de mais de 60 anos em colégios católicos "moralmente irrepreensíveis. Só em Dublin, era referido que 400 crianças pudessem ter sido vítimas de abuso de pelo menos 152 sacerdotes. E quando a hierarquia da Igreja tomava conhecimento dos casos, limitava-se a transferir os violadores para outra paróquia, muitas vezes com conhecimento das forças policiais. ( Relatório Murphy)
Mas nem se discute com quem coloca no mesmo patamar de conduta moralmente sancionável um comportamento humano que é normal e faz parte do desenvolvimento psicosexual ( masturbação) e uma parafilia grave que tipifica um crime horrendo contra crianças ( pedofilia).
Entre outras vozes, Christoph Schönborn, Cardeal Austríaco, veio a público afirmar que existe relação entre pedofilia e a imposição do celibato clerical.
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