domingo, março 14, 2010

a mulher doente

A ardilosa espera das viagens sussurra no cais (entre dois pontos, o trajecto nunca é linear). Sou forte como um gato, repete a mulher, mais para si própria do que para mim. Há uma fortaleza animal que me sustenta, as palavras saem lentificadas, e mesmo assim, ela proclama, há uma fortaleza animal que me fabrica as mãos, somos mais intensos e pesados do que nos pensamos.

2 comentários:

MaRio Rafael disse...

De cara gostei da tua intensidade ao escrever. Achei teu blog procurando por uma conjugação correta pra palavra PARIR(sempre faço isso), de sorte, cai em teu texto que traz esta palavra como titulo, no teu texto ela soa como um grito, justamnete a intensidade que eu queria passar com a minha.
Parabens pelo blog. Só lamento o fato de teu sitio ainda não aquela ferramentasinha pra se tornar seguidor.

Abraços.

Daniel Abrunheiro disse...

Belo texto justo.