sábado, julho 11, 2009

Facelift


Eu sei que uma cara de desenho animado pode explicar muito sofrimento interior expresso em rigidez comportamental. A vida das pessoas desenha-se muito na cara, como se uma distorção íntima transparecesse na pele. Um queixo afilado e esguio, que os estetas renascentistas associavam a falta de carácter e os biólogos associam a caraterísticas femininas, podem transformar um homem pacato num rato de sacristia. Umas orelhas descomunais ou um nariz caricatural, podem marcar um adolescente para sempre e conduzi-lo a caminhos mais radicais. Podem também explicar uma misoginia nascida simplesmente do desinteresse feminino por tais personagens, com tanta falta de charme viril.
È interessante verificar que entre os representantes de grupos religiosos mais radicais não há um único homem bonito. Por isso partilho da opinião do Luís - será um facelift gratuito o melhor antídoto do fundamentalismo religioso?

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