sexta-feira, julho 31, 2009

Da matilha

Descobri hoje que tenho um seguidor chamado cavalo. Também há algumas éguas, meia dúzia de burros, uma mula e uns puros sangue. Acho divertidíssima e bastante infantil essa coisa dos seguidores online.

Neste blogue por exemplo, costumam passar - um chalado da polónia, uma emigrante gorda do Canadá, um poeta escondido, três cegos, um falangista espanhol, um seringador, um tal senhor esteves, um padre, um menino de odivelas, um homossexual no armário, um homossexual assumido, um devoto da Opus Dei, uma juíza, um belíssimo escritor, dois neonazis, um bloquísta impenitente e brasileiras pietistas, dessas que tanto podem estar numa reunião da IURD como numa missa em Latim.

Estes são os meus admiradores recorrentes, os que identifico e escrevem comentários. Alguns a pedirem para ser apagados a seguir, porque falam de coisas pessoais. Por exemplo um dos meus amigos cegos pediu-me hoje para acabar com a correçcão das caixas de comentários porque dificulta a leitura bloguística dos invisuais. Ignorava tal pormenor técnico, estamos sempre a aprender.Quando olho de soslaio para esta matilha imagino-os a beber uns copos até caír ao som de música celta. Provavelmente comiam-se uns aos outros antes disso. Mas diverte-me imesno que um blogue tão pequenino acolha uma matilha tão eclética e tão animalmente diferente.

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