sexta-feira, outubro 10, 2008

A VERDADE


Por coincidência ou não, um Judeu chamado Yesuf, um rabino, apareceu por estes dias no Sínodo dos Bispos em Roma a falar da importância da palavra de Deus. Disse também uma frase que escandalizou os sacerdotes do templo e os fariseus da lei: Pio XII não deve ser tomado como modelo e não deve ser beatificado, já que não ergueu a voz ante a Shoah”.
Ou seja , o rabino disse que não deve ser posto no altar um homem que não teve coragem de erguer publicamente a voz contra um dos mais trágicos dos acontecimentos na história do século XX- o Holocausto ou a solução final.
A cobardia envegonhada do Pio XII ( eufemisticamente chamada de prudência) não teve a ver com o medo de represálias contra católicos, não. Pio XII tinha algumas simpatias suásticas porque para ele o verdadeiro inimigo da Igreja não era o nazismo mas o comunismo. Pio XII não tem desculpas. Fosse ele como João Paulo II e queria ver se alguém o calava contra o horror da solução final.

Eu, por mim, concordo com o Rabino judeu. Com este e com o Outro que não era nada prudente e gritava coisas por cima dos telhados. Por isso foi crucificado ao lado dos fracos.

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