Vatileaks

"Para alguns jornalistas vaticanistas é certo que os responsáveis fazem parte de uma ala obscura do Vaticano que não estará particularmente interessada em que se faça uma limpeza às contas do banco da Santa Sé – algo em que o Papa Bento XVI parece estar fortemente empenhado nos últimos tempos. As fugas de informação referentes a este caso referem ainda as ligações do banco do Vaticano, o Instituto de Obras Religiosas (IOR), ao fecho do Banco Ambrosiano, há cerca de 30 anos. O IOR já garantiu que se vai adaptar às regras da União Europeia sobre transparência financeira até Junho."

Quando João Paulo I apareceu misteriosamente morto no seu quarto, 33 dias após o início do seu papado, o Bispo Paul Marcinkus, o  "Banqueiro de Deus", controlava os milhões do Vaticano. João Paulo I iniciara discretamente uma investigação sobre os negócios obscuros do Banco do Vaticano, que incluía branqueamento  do dinheiro da Máfia . Roberto Calvi, director do Banco Ambrosiano  apareceu enforcado numa ponte de Londres, logo após os seu banco declarar falência. A bancarrota do banco do vaticano foi prontamente colmatada  in extremis com os milhôes da Opus Dei. Como contrapartida o fundador da organização foi santificado rapidamente pelo novo papa, João Paulo II. Marcinkus, o  "Banqueiro de Deus" foi afastado. Nada disto é teoria da conspiração mas factos históricos.