Hoje chegou outro preso, o Cacildo. Desta vez por dar porrada na mulher, uma pobre frequentadora das assembleias da IURD onde ia pedir paz para o lar a troco de dinheiro. O Bispo Macedo sempre diz: antes de sermos atendidos nas preces temos de mostrar que damos tudo a deus - dízimo, jóias, tudo o que temos , até ao último tostão. O cacildo é que não se deixou converter - assim que soube que a tonta da mulher tinha levantado os últimos quinhentos euros da conta para dar aos santos homens e caír nas boas graças do altíssimo, foi ter com ela à porta da fábrica e deu-lhe um enxerto de porrada tão grande que, se os capatazes não lhe tirassem a criatura das mãos, estaria agora no cemitério em vez da unidade de cuidados intensivos.
A paz do lar ficou assim assegurada - ele está preso, a mulher mais morta que viva ligada ao ventilador, os 500 euros volatizaram-se pelo poder do espírito santo.
Milagre, só pode.
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