Carlota concentrou-se a manhã toda na dor da perna esquerda.
Era uma dor em surdina, como o roer de um cão na carne, um latejar sem descanso.
Ao concentrar-se na dor, Carlota esquecia o óbvio - a tarde de sol primaveril e a sua reclusão de mulher velha à espera da morte.
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