A sorte da geração à rasca

Desde sempre há "profissões" que envolvem incertezas laborais. Basicamente todas as ligadas ás artes ou meios artísticos.  Ser "músico " ( o que quer que isso seja) faz parte deste grupo que oscila entre os criativos indigentes e os indigentes nada criativos.

Claro que só em Portugal ( ou talvez na China) se espera que o Estado contrate todos os "músicos" que abrilhantam com as suas odes este mavioso país. Por isso o Gonçalo foi à manif. Diz que está à rasca mas não lhe ocorre arranjar um trabalho garantido sem ser tocar pífaro.

Já a Paula, a mulher de 25 anos que o sustenta também foi à manif.  Está de licença de parto, tem um contrato de trabalho com todos os direitos egarantias, seis meses integralmente pagos pelo Estado.

Mas Paula não está satisfeita, por isso foi à manif.  Quer que o Estado arranje um emprego musical ao marido indigente que aos quarenta anos ainda não arranjou emprego fixo.

E que dizer da pequena Marta, "um sonho não adiado"?

Bem a pequena Marta tem direito a abono de família,educação gratuita (incluindo rede pré-escolar)   e cuidados de saúde de qualidade totalmente gratuitos até à maioridade.

Eles bem podem protestar, mas sem razão nenhuma.Estão cheios de sorte, garanto-vos eu.