Queria falar da Joana. Tem trinta anos, é uma mulher brilhante, trabalha numa empresa multinacional desde que acabou o curso de economia. Trabalha mesmo, não se limita a sacar o salário ao fim do mês.Vive neste momento em Paris e vai casar em Maio, na pequena vila onde nasceu. Filha de uma família problemática de uma zona do interior de portugal, um pai muito violento, a mãe uma vítima de pancadaria. A Joana, cresceu assim, mas desde pequena achou que queria ter um outro futuro. Aluna brilhante desde sempre, Joana foi seguindo os degraus académicos sempre com notas máximas até chegar à faculdade. Nunca teve um computador dela até começar a trabalhar, nem telemóveis, muito menos carros, mordomias ou traje académico, noitadas e assim. Autocarros, combóios e muitas horinhas a pé, que lá na terrinha onse nasceu só havia ensino básico. No secundário conseguiu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, beneficiou sempre de bolsas de acção escolar. Na Universidade pública, onde entrou com uma média próxima do 20 teve direito a isenção de propinas, bolsa e residência universitária. Tudo patrocinado pelo famigerado estado social, que assim possibilitava a uma jovem brilhante ter um percurso académico. Consta que poupava tão bem o dinheiro que mandava alguma coisa para ajudar os estudos do irmão mais novo.
Antes de terminar o Curso de Economia já tinha propostas de emprego de empresas multinacionais - os caça cabeças andam por aí a pescar os melhores alunos das universidades portuguesas.
Joana não se aflige nada por trabalhar em paris, há seis anos. Fez estágios intensivos a ganhar o suficiente para sobreviver, trabalhou com afinco e objectivos. Sabia que só pode contar com ela mesma, nunca teve cunhas ou arranjinhos especiais para ter tachos, pdoe contar apenas com o seu esforço e empenho.
È uma mulher brilhante. Nada enrascada.
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