Se esta indicação PASTORAL DO PRÓPRIO PAPA, é válida num contexto de prostituição, por maioria de razão (ética e doutrinária) será válida no contexto da conjugalidade católica, por exemplo, quando um dos conjuges está infectado e outro não.
Se este comportamento é admissível e até RESPONSÁVEL, quando se trata de prevenir a SIDA ( e naturalmente outras doenças sexualmente transmissíveis) num contexto de sexualidade conjugal, terá de se considerar ser igualmente admissível este comportamento quando se trata de prevenir uma gravidez que possa pôr em risco a vida e saúde da mulher.
Há muito que a questão teológica sobre a moralidade da utilização de contraceptivos foi ultrapassada, há muito que as orientações pastorais vão nesse sentido, há quatro décadas que os católicos fazem esta interpretação da Humanae Vitae ( Bispos, Padres , leigos e casais católicos).
Pelo que esta tomada de posição pública do Papa É UMA MUDANÇA com uma importância pastoral enorme, ao reconhecer e legitimar as interpretações e orientações pastorais mais sensatas e progressistas, no sentido da admissibilidade do uso de um meio contraceptivo, com a finalidade de defender vida e saúde das pessoas.
A publicação no Osservatore das "bombásticas" afirmações do Papa, precisamente no mesmo dia do Consistório Cardinalício não foi coincidência.
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