O delírio é uma ideia ou conjunto de ideias que não corresponde à verdade. Trata-se de uma convicção falsa, inabalável, sem prova adequada e contrária ao contexto sócio-cultural e científico do momento. A palavra delírio etimologicamente significa sair dos trilhos e por definição consiste na alteração da capacidade de distinguir o falso do verdadeiro
Características essenciais:
1. A pessoa apresenta uma convicção extraordinária, uma certeza subjectiva praticamente absoluta. A sua crença é total e para ele não se pode colocar em dúvida a veracidade de seu delírio.
2. É impossível a modificação do delírio pela experiência objetciva, por provas explícitas da realidade, por argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes. Assim, diz-se que o delírio é irremovível, mesmo pela prova de realidade mais cabal.
3. O delírio é um juízo falso, o seu conteúdo é impossível. No entanto, alguns conteúdos delirantes podem basear-se em factos reais.
Indicadores da gravidade:Kendler e colaboradores propuseram uma série de dimensões ou vectores da atividade delirante, que seriam indicadores da gravidade do delírio:
Convicção: Até que ponto o paciente está convencido da realidade de suas idéias delirantes.
Extensão: Em que extensão as idéias delirantes envolvem diferentes áreas da vida do paciente.
Bizarria: Até que grau as crenças delirantes se distanciam das convicções culturalmente compartilhadas por seu grupo social de origem, o quanto seu delírio se distancia da “realidade consensual”.
Desorganização: Até que ponto as idéias delirantes são consistentes internamente, têm uma lógica própria e em que grau são sistematizadas.
Pressão: O quanto o paciente está preocupado e envolvido em suas crenças delirantes.
Resposta afectiva: O quanto as suas crenças delirantes abalam ou tocam afectivamente o paciente.
Comportamento desviante: De que forma o delírio condiciona o compoertamento da pessoa.
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