Comprei um caderno novo.
Da brancura das linhas, desliza o lápis com a suavidade de uma patinadora sobre o gelo. Acetinado o papel no carvão, há uma euforia física no tropeçar das letras, como um rodopio. Apetece-me escrever coisas inúteis, esboçar esquissos.
Às vezes faço pequenos pontilhados entre os textos como formigas em crochet.
Não tem muito que saber: o escorregar da tinta até me nascerem palavras.
Sem comentários:
Enviar um comentário