"No que respeita à moral e à ética, as imposições do magistério sobre o casamento, a contracepção, o aborto, a eutanásia, a homossexualidade, o casamento dos padres, os divorciados casados de novo, etc., já não interessam a quase ninguém e provocam nas pessoas cansaço e indiferença.
(...) Para resolver os problemas de hoje e de amanhã, não basta refugiar-se no passado nem apoiar-se em amostras sem fundamento sério. A aparente vitalidade da igreja nos continentes em vias de desenvolvimento é falaciosa. Mais cedo ou mais tarde, essas novas Igrejas passarão pelas mesmas crises vividas pelo actual cristianismo europeu. A modernidade é incontornável e foi por a Igreja ter esquecido isto que passa hoje por uma tal crise. Por que razão continuar uma política como um jogo da cabra-cega? Até quando recusar ver as coisas como elas são? Porque é que havemos de tentar salvar as aparências, uma fachada que hoje não consegue convencer ninguém? Até quando continuar nesta teimosia, nesta crispação de recusar todas as críticas, em vez de ver nelas uma ocasião de se renovar? Até quando iremos adiar uma reforma que se impõe imperativamente e que já tardou demais? Repito o que disse no princípio: é pouco o tempo que nos fica. A história não fica à nossa espera, sobretudo numa altura em que o ritmo se acelera e tudo anda tão depressa. "
mailto:henriboulad@yahoo.com
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