È uma inevitabilidade. O excesso demográfico implica que as populações humanas ocupem cada vez mais territórios de risco (do ponto de vista geológico) , a uma escala nunca antes vista da história da humanidade. O Chile é um bom exemplo (em pleno anel de fogo, numa zona crítica e instável, concentra-se uma elevada densidade demográfica. A Madeira é um outro pequeno exemplo, a uma microescala ( tem razão o Jardim, quando há alguns dias desabafou sobre o excesso de população da ilha que explicaria a fixação em zonas de risco - que querem que faça, que os meta em barcos e os mande para o continente?).
As grandes questões sobre o desenvolvimento sustentável têm a ver com a superpopulação à escala global.
A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6 bilhões de humanos no planeta. Se nada for feito, a população mundial chegará a mais de 9,2 bilhões de habitantes em 2050, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas. È algo de extraordinário, nunca experienciado à escala humana. O excesso de população humana está também relacionado com a pobreza. Mais de 75% da população humana vive em países subdesenvolvidos e com menos de dois dólares por dia, 22% são analfabetos, metade nunca utilizou um telefone e apenas 0,24% têm acesso à internet.
Ou seja, somos muitos, vivemos muito, reproduzimo-nos demais. Sem predadores para controlar a espécie, sem políticas de controle de natalidade, será a "natureza" , as hecatombes naturais ou as guerras ( outro resultado da sobrepopulação e escassez de recursos) a dizimar os "excedentes".
Há outras formas de lidar com o problema e reduzir as inevitáveis catástrofes.
Mas tal passa sempre por um eficaz controlo da natalidade, planeamento familiar e saúde reprodutiva.