O artigo veio mostrar, sim, o absurdo de alguns pressupostos pró-aborto, como o de que é o nascimento ou a proximidade do nascimento que muda a NATUREZA e/ou SUBSTÂNCIA (conceitos metafísicos) da vítima. O caso do «Partial-Birth Abortion» é a expressão máxima desse absurdo. Ainda bem que algumas pessoas ficaram chocadas ao darem-se conta do absurdo dos seus próprios «dogmas». Neste sentido, a crueldade deste artigo, que para quem conhecer Peter Singer não é nada surpreendente, acabou por ter um efeito positivo. Mas há quem prefira continuar a olhar para o lado.
O argumento é absurdo (e chocante por isso mesmo, pela absurdidade) porque considera que o recém-nascido não é uma Pessoa (digna de plena tutela jurídica) e que deve ter um estatuto juridica e ontologicamente igual a um feto ou embrião. Por isso este artigo até tem um efeito positivo, ao "desmontar"a argumentação ideológica de alguns extremistas que colocam radicalmente os direitos do embrião acima dos direitos da mulher como se esta fosse uma não pessoa.
Ou seja, quem equipara o aborto ao infanticídio abre portas à justificação ètica do infanticídio - como acontece no artigo em causa.No início até pensei que o artigo fora escrito por indivíduos com ligações ao movimento Pro-LiFe , tal o absurdo.
De notar que artigo não é de cariz científico mas ético.
E parte de um juízo absurdo - a ideia de que a maior parte das pessoas aceita o aborto (o que é verdade), logo aceitará o infanticídio (o que é mentira). Digamos que o sentido ético-jurídico comunitariamente prevalente é de repugnância pela morte de crianças , proque se baseia numa íntima convicção de que de que um recém nascido é integralmente uma pessoa, o que não acontece com um blastocisto ou um embrião.
De facto, ao ler o artigo, o primeiro impulso intuitivo qualquer pessoa normal é o de escãndalo, precisamente por intuir que "mas não é a mesma coisa!." Esta "intuição "ética te de resto encontrado justificação na investigação científica. Ou seja, juízos éticos absurdos ignoram os contributos científicos actuais sobre a questão do início da vida humana e da pessoa humana.
Se a ciência sem ética pode levar a monstruosidades o contrário também é verdadeiro - a filosofice "ética" sem qualquer base científica desemboca em especulações absurdas.
O aborto é a interrupção de uma gravidez.É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.
4 comentários:
O artigo veio mostrar, sim, o absurdo de alguns pressupostos pró-aborto, como o de que é o nascimento ou a proximidade do nascimento que muda a NATUREZA e/ou SUBSTÂNCIA (conceitos metafísicos) da vítima. O caso do «Partial-Birth Abortion» é a expressão máxima desse absurdo. Ainda bem que algumas pessoas ficaram chocadas ao darem-se conta do absurdo dos seus próprios «dogmas». Neste sentido, a crueldade deste artigo, que para quem conhecer Peter Singer não é nada surpreendente, acabou por ter um efeito positivo. Mas há quem prefira continuar a olhar para o lado.
O argumento é absurdo (e chocante por isso mesmo, pela absurdidade) porque considera que o recém-nascido não é uma Pessoa (digna de plena tutela jurídica) e que deve ter um estatuto juridica e ontologicamente igual a um feto ou embrião.
Por isso este artigo até tem um efeito positivo, ao "desmontar"a argumentação ideológica de alguns extremistas que colocam radicalmente os direitos do embrião acima dos direitos da mulher como se esta fosse uma não pessoa.
Ou seja, quem equipara o aborto ao infanticídio abre portas à justificação ètica do infanticídio - como acontece no artigo em causa.No início até pensei que o artigo fora escrito por indivíduos com ligações ao movimento Pro-LiFe , tal o absurdo.
De notar que artigo não é de cariz científico mas ético.
E parte de um juízo absurdo - a ideia de que a maior parte das pessoas aceita o aborto (o que é verdade), logo aceitará o infanticídio (o que é mentira). Digamos que o sentido ético-jurídico comunitariamente prevalente é de repugnância pela morte de crianças , proque se baseia numa íntima convicção de que de que um recém nascido é integralmente uma pessoa, o que não acontece com um blastocisto ou um embrião.
De facto, ao ler o artigo, o primeiro impulso intuitivo qualquer pessoa normal é o de escãndalo, precisamente por intuir que "mas não é a mesma coisa!."
Esta "intuição "ética te de resto encontrado justificação na investigação científica.
Ou seja, juízos éticos absurdos ignoram os contributos científicos actuais sobre a questão do início da vida humana e da pessoa humana.
Se a ciência sem ética pode levar a monstruosidades o contrário também é verdadeiro - a filosofice "ética" sem qualquer base científica desemboca em especulações absurdas.
Já gora, o Partial-Birth Abortion não é tecnicamente aborto, segundo as legis artis e a deontologia médica.
Tecnicamente é um infanticídio.
O aborto é a interrupção de uma gravidez.É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do final do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.
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