O meu amigo é um tipo tímido, atrás do cachecol cinzento que usa enrolado como uma mantilha. Acabei de beber umas cervejas com ele e a descoberta é sempre a mesma. Está no meio de um documentário sobre o stress post traumático relacionado com a guerra em que portugal andou metido durante décadas e que esfrangalhou uma geração.
"Amor de mãe" vai ser o título do trabalho, como as tatuagens pirosas em forma de coração que os soldados usavam para lembrar a mãe esquecida num aldeola qualquer enquanto eles eram atirados para morrer num pardieiro de fim do mundo. A bem da nação. Ele fala-me da tatuagens da pele e das tatuagens da alma, os riscos cartilaginosos da guerra debaixo da pele, a dor que nunca passa e lhes tirou para sempre o sono, a paz e a crença na sua própria humanidade.
"Amor de mãe" vai ser o título do trabalho, como as tatuagens pirosas em forma de coração que os soldados usavam para lembrar a mãe esquecida num aldeola qualquer enquanto eles eram atirados para morrer num pardieiro de fim do mundo. A bem da nação. Ele fala-me da tatuagens da pele e das tatuagens da alma, os riscos cartilaginosos da guerra debaixo da pele, a dor que nunca passa e lhes tirou para sempre o sono, a paz e a crença na sua própria humanidade.
Amor de mãe parece-um belo nome.
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