È recorrente. Ultimamente os meus amigos com filhos no ensino público, de que sempre defenderam a excelência, quando chegam aos decisivos 11º ou 12º é um corrupio a inscrever os meninos nos colégios privados católicos. Porquê? Por causa dos milagres. Por exemplo, alunos que no ensino público têm regularmente notas de 13, 14 ou 15 valores a Educação Física transformam-se de repente em atletas de alta competição, com notas regulares de 19 e 20 valores. Um verdadeiro milagre. O mesmo vale para outras disciplinas igualmente difíceis, como Àrea de Projecto, em que a profusão de elegantes 20 ficam sempre bem na pauta de qualquer colégio católico, mas se torna bastante mais improvável na pauta de uma Escola Secundária do ensino público. O mais ridículo é que todas estas “disciplinas” contam em pé de igualdade com as outras, sem qualquer ponderação, para a média final de acesso ao ensino superior.
Mas os milagres não se ficam por aqui e estendem-se metodicamente à generalidade das disciplinas mais essenciais. Há um súbito acréscimo do QI dos estudantes, com a correspondente elevação súbita das avaliações finais. O acréscimo não deve ser muito estável, nada que corresponda ás notas das mesmas disciplinas nos exames nacionais, mas ideia é essa mesmo. Subir o mais possível as nota de frequência, em turmas sobrelotadas e bem pagas por cabeça.
Quem pode compra.
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