Para alguns católicos o natal é uma overdose de incenso, casacos de peles, música da antiguidade, plumas e arte rócóco, cumprimentos de gente bem. Por ali andam, circunspectos e inchados da volátil felicidade beatéria.
Mesmo, mesmo ao lado, o desespero da cidade roça as portas da catedral.
O próprio nazareno, se por cá andasse, com o seu séquito de pescadores, aldeões, prostitutas, vagabundos e doentes que sempre o acompanhavam, seria impedido de entrar para não estragar o brilho do cerimonial.
Sem comentários:
Enviar um comentário