Bruna nasceu em Novembro. Desde que se lembra de festejar aniversários que acha este acontecimento extraordinário, uma espécie de prenúncio de exaltadas odes. Novembro não é um mês qualquer. É o mês dos mortos, dos invernos, do regresso das aves às casas, das matanças de animais para as arcas salgalheiras. O mês dos agoiros, das bruxas brancas, dos blocos de madeira na cave. Novembro é o mês dos vapores etílicos, de fazer compotas açucaradas que enchem a casa de sabores antigos.
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