segunda-feira, outubro 22, 2012

O Porteirame e a liberdade de pensamento

A internet é um recanto de muita gente. Encontra-se de tudo.  Gente muito perturbada. Gente muito frágil.  Gente perversa. Gente simplesmente mal formada.
Um pseudónimo de escrita blogger é sagrado. Faz parte de uma identidade - a identidade virtual, que obedece a regras de convivência , ao direito de expressão aliado ao direito à privacidade. Ter um nick não é ser anónimo, é assumir uma identidade. Os escritores fazem-no muitas vezes.  O que se escreve num blogue  não é um registo autobiográfico. Quem escreve sabe que dentro de si vivem muitas vidas. Pessoa que o diga.
Mas a mediocridade das "redes sociais" espelha-se neste gosto pela devassa. A falta de inteligência também. E, nalguns casos, é mesmo  a perturbação psiquiátrica.  Uma certa incapacidade em separar o real do virtual. (Anos atrás uma pessoa que eu não conheço foi mesmo incomodadada com telefonemas e emails  de alguém que jurava que falava comigo.Coisas de doença descompensada). 
No entanto, por trás da devassa de certas  criaturas há algo mais sinistro -  o òdio à liberdade de pensamento.  A necessidade de escrever ataques pessoais, ainda que imaginários, já que não se consegue argumentar ideias.  Uma certa ideia de "classismo social" - a ideia de que só eu e os meus amigos e os gajos da minha tribo é que tem direito ao pensamento e à expressão pública. 
Esta gentalha que persegue os nick names  e usa insultos imaginários de rameiras envelhecidas   na blogosfera é perigosa.  

 
Não que eu  tenha alguma coisa a esconder.

 
Mas não gosto do lápis azul. Gosto de pensar em liberdade e escrever em liberdade.

 
BLUESMILE

 

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