A internet é um recanto de muita gente. Encontra-se de tudo. Gente muito perturbada. Gente muito frágil. Gente perversa. Gente simplesmente mal formada.
Um pseudónimo de escrita blogger é sagrado. Faz parte de uma identidade - a identidade virtual, que obedece a regras de convivência , ao direito de expressão aliado ao direito à privacidade. Ter um nick não é ser anónimo, é assumir uma identidade. Os escritores fazem-no muitas vezes. O que se escreve num blogue não é um registo autobiográfico. Quem escreve sabe que dentro de si vivem muitas vidas. Pessoa que o diga.
Mas a mediocridade das "redes sociais" espelha-se neste gosto pela devassa. A falta de inteligência também. E, nalguns casos, é mesmo a perturbação psiquiátrica. Uma certa incapacidade em separar o real do virtual. (Anos atrás uma pessoa que eu não conheço foi mesmo incomodadada com telefonemas e emails de alguém que jurava que falava comigo.Coisas de doença descompensada).
No entanto, por trás da devassa de certas criaturas há algo mais sinistro - o òdio à liberdade de pensamento. A necessidade de escrever ataques pessoais, ainda que imaginários, já que não se consegue argumentar ideias. Uma certa ideia de "classismo social" - a ideia de que só eu e os meus amigos e os gajos da minha tribo é que tem direito ao pensamento e à expressão pública.
Esta gentalha que persegue os nick names e usa insultos imaginários de rameiras envelhecidas na blogosfera é perigosa.
Não que eu tenha alguma coisa a esconder.
Mas não gosto do lápis azul. Gosto de pensar em liberdade e escrever em liberdade.
BLUESMILE
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