sexta-feira, novembro 03, 2006

O Parto, para além dos riscos de morte materna, pode ser uma experiência traumática e aterradora de dor sem sentido. Mesmo com apoio médico especializado, o “trabalho de parto”, o parto e o pósparto, é antes de mais uma vivência íntima, uma vivência relacional e visceral entre a mulher e o seu bebé.
Entre a pura animalidade do trabalho de parto e o trabalho psicológico/emocional de se tornar mãe, cujo impacto se prolonga durante meses ( e ás vezes a vida inteira), há contributos novos quanto á humanização do parto.
Com recurso á tecnologia e ao suporte médico, controlando activamente a dor física , mas colocando novamente as mulheres no centro das decisões.

2 comentários:

Anónimo disse...

E seria tão bom e um avanço tão grande que o parto pudesse ser em casa e com todas as condições de segurança e conforto quer para a mãe quer para o bebé! Com tudo bem planeado e a possibilidade de haver complicações o mais controlada possível e ter tudo a postos para o caso de um imprevisto.
Pelo que tenho ouvido, a mãe ainda é nos nossos dias, alvo de comentários e de expressões no momento do parto e que são inconcebíveis: "isto é para ti, é mesmo assim, agora tem que sair pelo sítio que entrou, quando o fizeste não te doeu," e por aí fora.
Realmente, é preciso urgentemente humanizar o parto, um momento tão íntimo para a mulher. Intervenções neste âmbito são sem dúvida de louvar e de dar continuidade.
E está provado que o parto na água também faz milagres.

nurse (X.) - desculpe, mas também tinha que aparecer por aqui; não leve a mal. E o que escrevi aqui é mesmo a minha opinião. Como sempre, aliás)

BLUESMILE disse...

Nurse:
Bem-vinda! Pela justeza dos comentários e por outra razão - o facto de teres uma profissão previlegiada, onde "o outro" está no centro do cuidar e do agir.
Obrigada pela participação.