A imagem é subtil mas inequívoca. Numa fotografia de um acontecimento “sociointelectual”, uma jovem mulher morena fala com um escritor. Os homens rodeiam-na. Um pequeno círculo á sua volta, como o bando de cães que perseguem uma cadela com cio. Aquela curvatura do tronco, o sorrisinho melífluo, a antiquíssimo olhar aquoso dos predadores. Há qualquer coisa de hiena ou de sátiro nos personagens.
Ela, que está no centro, sorri apenas, o cabelo preto apanhado atrás sobre a blusa pele-de-serpente.
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