Assaltaram-me o carro perto da Faculdade. Vidro partido, pasta roubada, computador desaparecido. Quase chorei. Tinha estacionado durante pouco tempo, para ir.... à missa. Por causa da amiga que me morreu, por causa da sede que tenho sentido.
Parvoeiras de beatagem , desesperei eu quando cheguei ao carro e vi os estilhaços do vidro. Mas quem se lembra de ir á missa ao meio da semana, ao fim da tarde, como uma velha alcoviteira reconvertida? Vociferei contra mim, contra a beatagem toda e até contra deus até chegar à esquadra da polícia mais próxima. Se estivesse sossegadinha a passear futilidades em vez de me dar para a reza nenhum disparate destes me acontecia.
Quando vi o nome do polícia que me recolheu a queixa quase desatei a rir.
Chamava-se ANJO - nome próprio e AMADO - de apelido. Isso mesmo. Um polícia de plantão chamado ANJO AMADO. Ainda por cima simpático.
Garanto-vos - deus é um terrível brincalhão. Talvez esteja na hora de me desligar mais do computador e do que isso significa - trabalho trabalho, trabalho.
1 comentário:
Má notícia, excelente prosa.
Enviar um comentário