Manuel Vieira, foi afastado e exilado por críticas públicas a um documento de Ratzinger e por defender uma perspectiva diferente da serôdia “moral sexual da Igreja”.
Tanto bastou para o Padre Manuel perder uma série de cargos e funções onde tinha alguma visibilidade e por ser remetido a um violento silêncio. O que significa que a Inquisição continua bem viva e embora não queime os corpos das pessoas em autos públicos de fé, queima almas, corações, futuros e continua na sua tentacular e soturna obra de esmagamento da humanidade.
A este propósito, as palavras de um outro Padre Vieira, António, continuam acutilantes e lúcidas, de uma actualidade extraordinária. Ele, um dos génios portugueses vítima inevitável da Santa Inquisição, explicou de uma forma brilhante, o porquê da palavra de deus aparentemente não ser mais escutada e seguida.
E isto aplica-se integralmente àquelas questões de moral sexual ( como a proibição da contracepção ou do uso do preservativo, ou a proibição da ordenação de mulheres ou a homofobia ou a legislação sobre o divórcio) que alguns acham essenciais para manter , nem que seja à força, a “integridade católica” , mas que são absolutamente risíveis pela forma como são doutrinariamente fundamentadas
E são tão risíveis que , basicamente, ninguém as cumpre.
“Dizei-me, pregadores (aqueles com quem eu falo indignos verdadeiramente de tão sagrado nome), dizei-me: esses assuntos inúteis que tantas vezes levantais, essas empresas ao vosso parecer agudas que prosseguis, achaste-las alguma vez nos Profetas do Testamento Velho, ou nos Apóstolos e Evangelistas do Testamento Novo, ou no autor de ambos os Testamentos, Cristo? É certo que não, porque desde a primeira palavra do Génesis até à última do Apocalipse, não há tal coisa em todas as Escrituras. Pois se nas Escrituras não há o que dizeis e o que pregais, como cuidais que pregais a palavra de Deus?
Tanto bastou para o Padre Manuel perder uma série de cargos e funções onde tinha alguma visibilidade e por ser remetido a um violento silêncio. O que significa que a Inquisição continua bem viva e embora não queime os corpos das pessoas em autos públicos de fé, queima almas, corações, futuros e continua na sua tentacular e soturna obra de esmagamento da humanidade.
A este propósito, as palavras de um outro Padre Vieira, António, continuam acutilantes e lúcidas, de uma actualidade extraordinária. Ele, um dos génios portugueses vítima inevitável da Santa Inquisição, explicou de uma forma brilhante, o porquê da palavra de deus aparentemente não ser mais escutada e seguida.
E isto aplica-se integralmente àquelas questões de moral sexual ( como a proibição da contracepção ou do uso do preservativo, ou a proibição da ordenação de mulheres ou a homofobia ou a legislação sobre o divórcio) que alguns acham essenciais para manter , nem que seja à força, a “integridade católica” , mas que são absolutamente risíveis pela forma como são doutrinariamente fundamentadas
E são tão risíveis que , basicamente, ninguém as cumpre.
“Dizei-me, pregadores (aqueles com quem eu falo indignos verdadeiramente de tão sagrado nome), dizei-me: esses assuntos inúteis que tantas vezes levantais, essas empresas ao vosso parecer agudas que prosseguis, achaste-las alguma vez nos Profetas do Testamento Velho, ou nos Apóstolos e Evangelistas do Testamento Novo, ou no autor de ambos os Testamentos, Cristo? É certo que não, porque desde a primeira palavra do Génesis até à última do Apocalipse, não há tal coisa em todas as Escrituras. Pois se nas Escrituras não há o que dizeis e o que pregais, como cuidais que pregais a palavra de Deus?
A voz de António Vieira levanta-se hoje inteira e viva. Apesar da santa Inquisição.
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