Ontem, na TVI, três elementos da geração rasca tiveram oportunidade de questionar o sapiente Marcelo Rebelo de Sousa com perguntas pretensamente inteligentes.
Atenção que os jovens são todos da mesma linha - liceu francês e tal, betinhos atè à quinta casa, quiçà monárquicos, cursos clássicos e tal, portanto os representantes de uma certa "casta" que daqui a uns anitos pode governar este país.
E que é que os marmanjos perguntam ao oráculo do regime? Questões políticas? Causas universais? Preocupações com o país? Angústias ambientais? Qualquer coisita que tenha um laivo de ideologia, de preocupação pelo outro ou de simples sonho comunitário?
Nada disso - os dois primeiros falaram apenas preocupação com os respectivos tachos - como se isso fosse uma preocupação universal. A primeira, caloira em direito quer limitar a entrada no curso aos futuros aloiros ( agora que já está na faculdade, quantos menos entrarem menos competição terá no mercado de trabalho). O betinho do colégio francês que até vai estudar no estrangeiro (noblesse oblige) aflige-se por não ter um tacho à medida quando voltar. E aqui se esgotam a pobres cabecinhas...
O umbiguismo narcísico das tais elites formadas pretensamente para servir a comunidade.
A terceira rapariga quiz questionar o oráculo sobre a indiferença dos jovens para com a política.
Marcelo falhou no alvo. Deveria ter respondido o óbvio - os jovens desinteressam-se pela política porque a coisa pública não tem sentido para eles. Os outros, o grupo, a comunidade, a amizade a solidariedade, são coisas inúteis.Tudo se resume aos seus pequeninos interesses e satisfação dos seus caprichos.Uma geração mimada. Uma geração falhada. São estes gajos que irão legislar a eutanásia, não tenho a menor dúvida.
Sem comentários:
Enviar um comentário