A propósito da briguinha do telemóvel, Marcelo Rebelo de Sousa considera que a culpa da situação de indisciplina em salas de aula é apenas da… actual ministra da educação.
Tal frase, deu-me uma imensa vontade de rir.
1975, Liceu Infanta Dª Maria, Coimbra. Uma escola elitista urbana, uma turma de meninos bem.
Vi de tudo. Professores saneados, professores literalmente cuspidos, ovos podres atirados ao quadro em plena aula, insultos brejeiros, professores com crises de nervos a desfazerem-se em lágrimas e gritos histéricos, alunos que saltavam das janelas em plena aula, gozos vários, descomunais, tudo o que a imaginação de adolescente permitia…
E no entanto, havia professores intocáveis.
E não eram os mais permissivos ou o mais “porreiros”. Muito menos eram os que se impunham pelo rigor disciplinar, longe disso, numa altura em que as sanções disciplinares não existiam na prática.
Eram os professores. Mais nada.
Quanto ao episódio do telemóvel, "Basta ver como a professora (a adulta e a profissional que tem de garantir o normal funcionamento das aulas) lida com o problema para perceber que estamos perante alguém sem preparação para cumprir as suas funções. Uma professora não fica dois minutos a disputar um telemóvel com uma adolescente. Não o faz, ponto final. Chama outra pessoa, manda a aluna para a rua, interrompe a aula… Qualquer coisa. Mas não desce ao nível da adolescente. Se o fizer, está frita. Nem é preciso ser profissional para saber isto. E o que vejo neste vídeo é uma professora com uma turma completamente descontrolada a usar métodos só aceitáveis em alguém com a idade da adolescente que tenta controlar. "
Portanto, as vitimizações fáceis, são pouco dignificantes.
Tal frase, deu-me uma imensa vontade de rir.
1975, Liceu Infanta Dª Maria, Coimbra. Uma escola elitista urbana, uma turma de meninos bem.
Vi de tudo. Professores saneados, professores literalmente cuspidos, ovos podres atirados ao quadro em plena aula, insultos brejeiros, professores com crises de nervos a desfazerem-se em lágrimas e gritos histéricos, alunos que saltavam das janelas em plena aula, gozos vários, descomunais, tudo o que a imaginação de adolescente permitia…
E no entanto, havia professores intocáveis.
E não eram os mais permissivos ou o mais “porreiros”. Muito menos eram os que se impunham pelo rigor disciplinar, longe disso, numa altura em que as sanções disciplinares não existiam na prática.
Eram os professores. Mais nada.
Quanto ao episódio do telemóvel, "Basta ver como a professora (a adulta e a profissional que tem de garantir o normal funcionamento das aulas) lida com o problema para perceber que estamos perante alguém sem preparação para cumprir as suas funções. Uma professora não fica dois minutos a disputar um telemóvel com uma adolescente. Não o faz, ponto final. Chama outra pessoa, manda a aluna para a rua, interrompe a aula… Qualquer coisa. Mas não desce ao nível da adolescente. Se o fizer, está frita. Nem é preciso ser profissional para saber isto. E o que vejo neste vídeo é uma professora com uma turma completamente descontrolada a usar métodos só aceitáveis em alguém com a idade da adolescente que tenta controlar. "
Portanto, as vitimizações fáceis, são pouco dignificantes.
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