segunda-feira, março 24, 2008

Maria lisboa

Acabo de receber este mail que circula entre professores:
"Carta envida ao professor Marcelo
Divulguem
Senhor Professor
Ouço-o sempre com atenção. Só lamento que em questões de educação esteja sempre tão mal informado.Amanhã concerteza não deixará de falar sobre o video desta semana. Seria bom que reconhecesse e fizesse ver aos que o ouvem que a manifestação dos 100 mil professores teve pouco a ver com avaliação, gestão, e quejandos, mas sim com o facto dos professores estarem fartos de ser insultados por Sócrates, ME, jornalistas, comentadores, media, etc. Principalmente os do 3º ciclo e do secundário. Há 30 anos que se vão desvalorizando com todo o pagode de políticos a endeusar o 1º ciclo. Só que no 1º ciclo não há matulões hooliganizados pelos Morangos com açúcar, com a hormonas exarcebadas , nem professoras velhas com mais de 55 anos de idade, reformam-se com essa idade.Nos últimos 30 anos os professores licenciados por faculdades onde penaram, 5 anos, viram que os outros professores do 1º ciclo e educadoras de infância 1º tiveram bacharelatos admnistrativos2º finalizaram dadas licenciaturas de aviário (executadas num ano com notas altíssimas)3º tiveram acesso a mestrados e doutoramentos porque todos os dias saiam às 3 da tarde, o que a nós era negado, sempre com horários e reuniões ao horas variáveis4º se podem reformar aos 55 anos e 30 de serviço, enquanto nós com a Ferreira Leite passamos para os 60 anos independentemente dos anos de serviço e agora com o Sócrates para o regime geral dos 65. (...)Ainda bem que não tenho netos, porque se os tivesse, e se mandasse para a escola não iriam. Homeschooling! "(..)Maria Portugal"

Não faço ideia de quem é a maria postugal, mas o tom do mail (deste e doutros do mesmo teor) é sempre o mesmo ( omiti alguns insultos). Corporativismo, um discurso crispado contra os alunos, os pais, a escola pública, o ministério, outros professores e até, nos últimos dias, contra jornalistas e orgãos de comunicação social que não alinham com a vitimização dos professores.
Não se vislumbra uma reflexão séria, uma tentativa estruturada de melhorar a situação ou uma preocupação exigente com o estado do ensino público em Portugal.
Enfim, é de uma tristeza confrangedora.

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