Num pungente (e um pouco infantil ) comunicado online um jovem assume publicamente a sua homossexualidade.
Nada de que não houvesse já fundada suspeita. De facto, os blogues ditos católicos tradicionalistas são bastante homoeróticos na escolha de ícones religiosos, fantasias medievas e fulgores litúrgicos mais ou menos efusivos, com muito rosa fúcsia e rendinhas à mistura.
Mas o mais interessante neste homossexual saído do armário é o seu permamente e público discurso homofóbico. Nada de surpreendente para qualquer aprendiz de psicanálise mas um pouco chocante para os beatos desprevenidos.
A questão de fundo é esta - um jovem homossexual que se assume e vive a sua sexualidade com sentido amoroso, dentro de uma ética católica, é mais ou menos íntegro do que um homossexual recalcado e em negação, que se autocastra na vivência da sexualidade? Sobretudo se essa autoviolência se exprime em sentimentos de perturbação e amargura?
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