Na sala as janelas não deixam esquecer que isto é uma prisão. Vidros estreitos e verticais, onde não cabe um braço mais musculado, nem uma cabeça, quanto mais um sonho.
Lá fora um sol impiedoso estilhaça o ar gelado e a liberdade parece ainda mais rutilante.
Quando saio um homem levanta o braço em saudação e sorri-me, os olhos brilham por me ver e enternece-me a pergunta - então doutora, vai embora? enquanto ele fica deste lado das janelas, do pátio, da reclusão
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