terça-feira, janeiro 19, 2010

Missões

Estava à espera que a minha filha nascesse ( faltava uma  semana) e recebi um telefonema urgente.
Era precisa para uma missão concreta numa situação de catástrofe em áfrica.Lembro-me de ter dito que não podia mesmo, e, de telefone na mão, sentir uma ambivalência profunda. Queria muito ter ido naquela missão.
Foi a primeira vez que senti que nem sempre as missões que queremos fazer são as que podemos fazer.
Ou que havia muitas missões e que a minha agora era noutro sítio, como me disse  a voz amiga ao telefone.
E assim foi - eu fiquei a parir a minha filha e os meus colegas e amigos meteram-se num avião.

Agora,  todos os anos tenho pelo menos  duas missões no estrangeiro. Não são missões humanitárias, nem sequer especialmente corajosas, são missões relacionadas com investigação científica, mas fico sempre a pensar se de facto lhes atribuímos o espírito de missão - estar ao serviço dos outros.

1 comentário:

Vítor Mácula disse...

pois

e nem só em missas e missões

o espírito

bjo, bluesmile
bom ano