Creio no sangue das mulheres, na evidência da beleza, nos jardins de lilases, na vidraça óbvia dos azuis celestes. Creio na paixão dos pássaros, na gentileza das mães, creio na vida alva das estrelas, nos poetas que se desfazem em letras à secretária, no nacarado das unhas das meninas.
Creio na carne, transfigurada do amor, nas pérolas acetinadas dos velhos, no zumbido dos insectos antes da noite, creio na vida que há-de vir, no silêncio inevitàvel, nas hastes de luz penduradas ao acaso.
Creio na inquietude dos plátanos, na alegria caótica, na pele que se expõe à água, na ingenuidade dos seios, creio no ressuscitado amor que há-de resgatar os vivos e os mortos.
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