sábado, setembro 10, 2011

A IURD no Seminário de Vilar

Chama-se Padre James e é uma verdadeira sucursal de superstição à escala global. As "celebrações" são dignas da IURD ou qualquer seita histriónica. As autoridades deviam investigar mais a fundo este tipo de fenómenos e as organizações envolvidas, mas as vítimas de burla ( algumas mortas) não se queixam.
Mais estranho ainda é a Igreja Católica "oficial" tolerar ou até acolher estas manifestações.O segredo do homem? Ao abrigo de uma religiosidade básica, promete o milagre da cura, desde cancro em fase terminal até às hemorróidas. Os doentes são incentivados a abandonar os tratamentos ( e isto incluiu desde medicamentos contra a hipertensão arterial até sessões de quimioterapia) .Histeria, gritos e desmaios colectivos em pessoas sugestionáveis completam o quadro das "celebrações eucarísticas".
A maior parte são doentes oncológicos em estado mais ou menos grave que se "agarram a tudo" na esperança de sobreviver. È atávico - da bruxa ao curandeiro, às portas da morte tenta-se tudo... E esta vulnerabilidade aumenta o poder de gurus imaginários.

Aliás os testemunhos curas em Portugal é quase infinito. Até há "miraculados" com a mesma cara, embora com nomes diferentes e doenças diversas - como é o caso da Albertina Maria e da Maria Rosa.

Recentemente soube da morte de mais uma pessoa  que tinha sido "curada" pelo milagreiro. Declarada miraculada em sessão pública, mesmo depois de um diagnóstico médico que lhe diagnosticava cancro em fase terminal, com metástases generalizadas.
Durante algumas semanas andou eufórica, convencida da fraude. Não sei quanto dinheiro vai parar à conta do "benemérito", recolhida pelos acólitos solícitos. Os "donativos" das pessoas miraculadas devem ser bastantes, a julgar pelos relatos. Afinal , há que ajudar as "missões do Padre James".... como dizem as compungidas beatas.

O Santuário de Fátima tem sido palco deste verdadeiro artista. O Seminário de Vilar no Porto é o próximo local de encenação.
Pode ser que alguém faça alguma coisita... Talvez o Bispo do Porto, quem sabe? Aqui fica o apelo.

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