"A decisão de Pedro Passos Coelho, incompreensível do ponto de vista político, só encontra explicação no plano eleitoral. Sendo certo que a inclusão de Fernando Nobre abre novos caminhos ao PSD na procura de mais votos, não sei até que ponto esses votos que Nobre trará consigo serão em número superior àqueles que o próprio fará perder. É que os 700 mil votos que Nobre transporta das últimas Presidenciais não passam de ilusão. Como se viu com Manuel Alegre, mais do que a figura, é a atitude revanchista e anti-sistema que detém a grande maioria desses votos. À desilusão com os partidos, os que votaram em Nobre somam agora a desilusão com o candidato. O resultado não é o mais prometedor para o PSD."
Quanto à reacção do eleitorado do PSD, as pessoas têm memória curta, mas não tanto.Muitos dos que votaram Cavaco nas presidenciais lembram-se bem dos ataques de Nobre a Cavaco, lembram-se bem da sua postura populista "anti-partidária", os seus apelos à insatisfação generalizada contra os "políticos de carreira". As pessoas têm memória curta, mas não tanto.
Ou seja a inabilidade política ( e mediocridade) de Passos Coelho chega a ser aflitiva. Os seus correlegionários já o perceberam.
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