Não amanhece ainda.
O corpo sincroniza a luz e a vida é este mistério renovado.
Mãos dentes, unhas pele,
o artefacto das vísceras,
vozes, a liquefacção matinal do olhar,
a escrita dos ossos registada em cada rídula,
as pernas que se erguem para o dia.
Cada dia é uma ressurreição
atordoados de sono
a esperança do recomeço.
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