Mais uma vez Saramago faz uma extraordinário favor à Igreja católica.
Ao exprimir publicamente as legítimas dúvidas e críticas existenciais sobre um deus sádico e sanguinolento que se passeia ostensivamente por grande parte da Bíblia, Saramago mais não faz do que replicar as interrogações ingénuas de quem tem uma visão literalista dos textos bíblicos.
Nesta perspectiva, não há qualquer diferença entre a abordagem de Saramago e a dos mais radicais fundamentalistas cristãos (católicos incluídos) que, nas suas teses mais delirantes, exprimem este pensamento naif de que a bíblia é um texto sagrado intocável, cujo sentido literal esgota toda a possível compreensão do transcendente.
A oportunidade que esta visão dá à IC é extraordinária.
Por um lado a Igreja pode com clareza fazer uma coisa que raramente faz: divulgar alguns conhecimentos sobre exegese bíblica, enquandramento, contextualização histórica, interpretação, visão teológica. Pode por exemplo repetir com clareza que a bíblia é um conjunto de textos literários, de metáforas, de narrativas historicamente situadas, de símbolos, que dizem mais sobre o percurso dos homens na sua busca do divino do que sobre o divino em si mesmo...
Por outro lado, Saramago traz a lume (passe a expressão) a profunda iliteracia da maioria esmagadora dos católicos face aos textos bíblicos.
Num caso e noutro estas questões são um desafio, uma responsabilidade e uma oporunidade de reflexão para a Igreja de hoje...
Quanto às patetices de alguns "paladinos catolaicos" que agitam nacionalismos bacocos e fogueiras da inquisição, não passam de folclore.
Ao exprimir publicamente as legítimas dúvidas e críticas existenciais sobre um deus sádico e sanguinolento que se passeia ostensivamente por grande parte da Bíblia, Saramago mais não faz do que replicar as interrogações ingénuas de quem tem uma visão literalista dos textos bíblicos.
Nesta perspectiva, não há qualquer diferença entre a abordagem de Saramago e a dos mais radicais fundamentalistas cristãos (católicos incluídos) que, nas suas teses mais delirantes, exprimem este pensamento naif de que a bíblia é um texto sagrado intocável, cujo sentido literal esgota toda a possível compreensão do transcendente.
A oportunidade que esta visão dá à IC é extraordinária.
Por um lado a Igreja pode com clareza fazer uma coisa que raramente faz: divulgar alguns conhecimentos sobre exegese bíblica, enquandramento, contextualização histórica, interpretação, visão teológica. Pode por exemplo repetir com clareza que a bíblia é um conjunto de textos literários, de metáforas, de narrativas historicamente situadas, de símbolos, que dizem mais sobre o percurso dos homens na sua busca do divino do que sobre o divino em si mesmo...
Por outro lado, Saramago traz a lume (passe a expressão) a profunda iliteracia da maioria esmagadora dos católicos face aos textos bíblicos.
Num caso e noutro estas questões são um desafio, uma responsabilidade e uma oporunidade de reflexão para a Igreja de hoje...
Quanto às patetices de alguns "paladinos catolaicos" que agitam nacionalismos bacocos e fogueiras da inquisição, não passam de folclore.
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